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O diretor do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e delegado federal, Wagner Mesquita, afirmou que não há exagero algum da polícia ou do Ministério Pública no uso das interceptações telefônicas. Ele foi entrevistado por e-mail, intermediado pela sua assessoria de imprensa.

De acordo com ele, as corregedorias policiais mostram que há apenas uma “baixíssima” parte de inquéritos que são instruídos em interceptações telefônicas. “Menos de 1% dos casos”. Na avaliação dele, diante dos altos índices de violência no país, a ferramenta é subaproveitada.

Mesquita explicou ainda que as grandes investigações dependem de ferramentas que desvendem a comunicação entre os investigados. “A interceptação telefônica é somente uma das ferramentas aplicada a uma forma importante de comunicação – a telefonia, há diversas outras formas”, contou o delegado. Para ele, não há dependência direta, mas é um instrumento essencial.

Apesar disso, o delegado acredita que o monitoramento de telefone não é suficiente para incriminar suspeitos, mas dão orientação para conseguir mais provas. Não fosse essa ferramenta, ele explica que seria necessário dispor de muito recurso pessoal e tecnológico para realizar campanas, filmagens, gravações, pesquisas em bancos de dados. “Mesmo assim não se chegaria ao mesmo resultado”, comentou. Para ele, é preciso somar todos os instrumentos para fazer frente ao crime organizado.

Mesquita frisou que a capacidade técnica dos equipamentos do Diep permite que o Ministério Público também use seus recursos. Na avaliação dele, o “empréstimo” do serviço não atrapalha o trabalho da polícia.

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