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Representantes da diretoria e dos funcionários da Copel sentam-se à mesa hoje para discutir a greve iniciada há seis dias e que está prejudicando o atendimento em algumas regiões do estado. O encontro está marcado para as 9h30, em Curitiba. A Companhia Paranaense de Energia, no entanto, já anunciou considerar a paralisação "descabida, despropositada e injustificável".

Por causa da greve, os atendimentos emergenciais têm sido priorizados no estado, como o religamento de energia elétrica, informou ontem o departamento de comunicação da empresa. As solicitações consideradas de menor urgência, como a instalação de novas ligações, são "postergadas para não prejudicar quem ficou sem fornecimento de energia".

O temporal de domingo causou desligamentos em cerca de 80 mil domicílios em Curitiba, região metropolitana e litoral. Somente na capital foram afetadas 15 mil das 600 mil residências com ligações elétricas. Conforme a companhia, foram computadas mais de 300 ocorrências, todas elas atendidas até o começo da madrugada da segunda-feira.

A greve tem adesão em cidades como Curitiba, Londrina, Apucarana, Umuarama, Medianeira e Foz do Iguaçu. A Copel não está conseguindo atender as solicitações no prazo habitual, apesar da contratação de empresas prestadoras de serviço e reforço de equipes com deslocamento de pessoal. A empresa acusa o movimento de não manter o "efetivo mínimo de 30% da força de trabalho para evitar prejuízo à prestação de serviços essenciais".

Reivindicação

Em Foz, eletricitários estão parados em frente à sede da companhia. Segundo o dirigente sindical Roberto Bispo dos Santos, 90% dos funcionários de campo aderiram ao protesto. Mulheres dos grevistas estão apoiando a causa, permanecendo durante o dia no local, que está repleto de faixas e abriga um boneco enforcado que simboliza o "aperto contra a categoria".

Os grevistas reivindicam o retorno do pagamento da dupla função, como era feito há mais de 20 anos. Quando a empresa acabou com a função do motorista, gratificou o eletricista que passou a dirigir o veículo. A divergência está sobre a forma do controle das idas a campo.

"Antes, a empresa reconhecia o preenchimento do relatório sobre as saídas, mas agora instituiu um equipamento eletrônico para monitorar os deslocamentos. Essa medida repentina causou prejuízo de mais 60% na renda dos eletricistas e leituristas", disse Santos. A Copel diz ter implantado o aparelho para gerenciar melhor os custos.

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