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Tropa de Choque da PM foi chamada para controlar a multidão | Daniel Castellano/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Tropa de Choque da PM foi chamada para controlar a multidão| Foto: Daniel Castellano/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Algumas vitrines de lojas foram apedrejadas no Centro
  • Quantidade de garrafas de bebida destilada dá uma ideia do estado alcoólico geral no evento

O evento "CarnaVibe" terminou de forma triste na noite deste domingo (1º) no Centro de Curitiba. A dispersão do pré-carnaval eletrônico da capital teve confronto entre a polícia e frequentadores em vários pontos da região central da cidade. Forças conjuntas de segurança da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal tiveram que usar bombas de efeito moral para controlar a multidão.

Houve também vandalismo, com vitrines de lojas e equipamentos públicos quebrados, além de "fura catraca" em massa em estações-tubo e ônibus. Como relata um usuário do transporte coletivo, na Estação Tubo da Rua Lourenço Pinto, "a cada ônibus que chegava, uma multidão invadia".

Veja mais fotos dos estragos no Centro

Tropas da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) e do Batalhão de Choque, ambos PM, chegaram ao Centro por volta das 20h30 para reforçar o controle da dispersão. De acordo com um policial que pediu anonimato, também havia ocorrências de roubos e uma viatura da PM foi atacada por alguns foliões munidos com garrafas de vidro.

O evento, parte do pré-carnaval curitibano, reuniu cerca de 40 mil pessoas na Avenida Marechal Deodoro ao longo da tarde e início da noite deste domingo.

Deficiências da organização

A organização do evento foi duramente criticada por alguns foliões. Segundo o estudante de logística José Ricardo dos Santos, 36 anos, não havia policiamento suficiente e as bebidas estavam sendo comercializadas livremente, sem qualquer controle. A reportagem constatou que até garrafas de cerveja estavam sendo vendidas e consumidas sem fiscalização.

"Estava no evento desde cedo e não vi um policial sequer. Perto do fim, eles apareceram com bastante violência e até ameaçaram guinchar o carro do meu colega", afirma Santos.

Um morador de um prédio de esquina da Monsenhor Celso com a José Loureiro disse à reportagem que foi alvo da atuação da polícia injustamente. "A polícia resolveu dispersar todo mundo e atirou em nós também, que estávamos na esquina, sem atrapalhar ninguém", relata o homem que não quis se identificar.

Respostas do poder público

A PM informa que fez parte do esquema de segurança e que tinha policiais fardados e a paisana durante todo o evento. Sobre as críticas de excesso de violência na abordagem policial, a PM defende que, na hora do tumulto, é difícil saber "quem é quem". O contingente destacado para a festa não foi divulgado por motivos de segurança, como pontua a assessoria de comunicação da PM.

A Prefeitura de Curitiba, por intermédio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), diz que só esperava cerca de 10 mil pessoas, o mesmo número estimado no domingo passado (25), durante uma saída do bloco Garibaldis e Sacis. Frisa ainda que a segurança do evento foi feita por 80 agentes particulares, além de guardas municipais e policiais militares.

A FCC destaca que havia revista obrigatória nos pontos de acesso à festa, mas admite que as revistas não foram tão minuciosas pelo volume de pessoas. Foliões encontrados com garrafas de vidro não eram admitidos no evento. De acordo com a administração municipal, uma equipe da Secretaria de Urbanismo de Curitiba estava no local para coibir a ação de vendedores ambulantes de bebidas alcoólicas.

Pré-Carnaval

O projeto do "CarnaVibe" resultado de uma parceria da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) com o Club Vibe e a Academia Internacional de Música Eletrônica (Aimec). Para Igor Cordeiro, superintendente da FCC, o evento não só proporciona maior diversidade para o carnaval curitibano como também valoriza a cena cada vez mais crescente da música eletrônica da capital.

O Carnaval 2015 em Curitiba começou oficialmente no último domingo (25), sob a batuta do bloco Garibaldis e Sacis. A Marechal Deodoro foi tomada por aproximadamente 10 mil pessoas que, a despeito da chuva no início e final do desfile, não desanimaram e curtiram o pré-carnaval promovido pelo tradicional grupo há 16 anos. Desde o ano passado, a festa passou a ser realizada pela Prefeitura Municipal de Curitiba e FCC.

Confusão no "CarnaVibe"

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