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Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes | Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo

Ponta Grossa – A disputa pela maior queda d’água do Paraná, o Salto São Francisco, virou caso de polícia. Um portal erguido pela prefeitura de Prudentópolis foi derrubado pela prefeitura de Guarapuava. Cada uma das prefeituras alega que o salto está em seu território. Uma queixa foi registrada na Polícia Civil, no dia 6 de julho, mas o delegado Ricardo Monteiro não pretende instaurar inquérito. "Por se tratar de uma questão territorial, nenhuma das partes pode ser responsabilizada criminalmente", alega.

A questão está agora na Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Uma comitiva de Prudentópolis esteve ontem com o presidente do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências, José Antônio Gediel, para apresentar a defesa da cidade e pedir a revisão das fronteiras. O principal argumento é de que a prefeitura de Prudentópolis vem fazendo a divulgação do ponto turístico "há um bom tempo". A prefeitura afirma que o Salto São Francisco seria o principal cartão-postal da cidade.

Segundo Gediel, há uma saída proposta pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que é a implantação de uma unidade de conservação abrangendo o Salto São Francisco. "O projeto já está em andamento e, com o parque estadual, ambas as cidades poderão usufruir o espaço."

O advogado da prefeitura de Prudentópolis, Ayr Azevedo de Moura Cordeiro, afirma que o salto identifica a cidade há pelo menos 100 anos. "Guarapuava se aproveitou da divulgação feita por Prudentópolis para também explorar a área", argumenta. Segundo Cordeiro, caso a secretaria estadual não atribua o território a Prudentópolis, o município irá brigar na Justiça pelo Salto São Francisco.

Estrutura

Por outro lado, Guarapuava alega que a parte superior do Salto São Francisco está em seu território e que a prefeitura também está realizando obras no local. "Estamos melhorando a estrutura para o turismo na região", diz o secretário municipal de Meio Ambiente, Ireno Francisco Cichaczewski.

A briga entre as cidades dura mais de dois anos. A prefeitura de Guarapuava alega que há leis que garantem a posse de parte da cachoeira. Já Prudentópolis argumenta que um memorial descritivo do governo estadual traçou uma linha seca entre os municípios e dá ao município o direito ao salto de 196 metros de altura.

A cachoeira está exatamente na divisa entre três municípios. Se um barco estiver no rio, do lado esquerdo terá o município de Turvo. Do lado direito, Guarapuava. E após a cachoeira, verá Prudentópolis.

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