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Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho | Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo
Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho| Foto: Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo

A distribuidora de gás que explodiu no início da noite de quarta-feira (1º), no bairro Mercês, em Curitiba, estaria com irregularidades. A informação é do Corpo de Bombeiros. Na manhã desta quinta-feira (2), foi possível notar a extensão do incêndio após a explosão. Uma área de aproximadamente 400 metros quadrados da distribuidora foi destruída. Não houve registro de feridos.

De acordo com o tenente Leonardo Mendes dos Santos, relações públicas do Corpo de Bombeiros, a distribuidora armazanava uma quantidade de botijões muito além do permitido. Conforme o alvará de funcionamento, o local tinha autorização para armazenar até 40 botijões. No momento da explosão, no entanto, há suspeita de que existivessem armazenados até 900 botijões dentro da distribuidora.

"Tinha um excesso de botijões. Além disso, não poderia funcionar esse tipo de revenda em uma área residencial. A cozinha estava fora do que a norma prevê e havia cinco veículos dentro da distribuidora, isso não poderia acontecer em hipótese alguma. Os carros, inclusive, estão dentro das hipóteses para o início do incêndio", explicou o tenente Leonardo, em entrevista à Rádio CBN.

Dois peritos dos bombeiros foram ao local na manhã desta quinta-feira (2) para fazer uma perícia na distribuidora. O laudo sobre o incêndio deve ficar pronto dentro de no máximo 30 dias. Segundo o tenente dos Bombeiros, um caso como este pode, se for comprovada culpa, levar o dono da distribuidora a ser indiciado pela Polícia Civil e com isso ser condenado a pagar uma multa de até R$ 5 milhões.

Durante o incêndio, que começou por volta das 18h de quarta-feira, três casas próximas ao local chegaram a ser isoladas, mas depois de uma vistoria da Defesa Civil de Curitiba, que constatou não haver mais riscos, os moradores foram autorizados a retornarem às residências ainda na noite de quarta-feira. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Defesa Civil, o único isolamento que continua é na própria distribuidora, onde é feita a perícia técnica. Não há informações de feridos em razão do incêndio, mas três pessoas receberam atendimento médico, em razão do susto da explosão.

De acordo com o tenente Pinheiro, o incêndio foi um dos mais graves dos últimos anos em todo Paraná. "O último incêndio de grandes proporções em Curitiba foi em 1988, em uma loja de fogos de artifício, no Centro da cidade. Em questão de incêndio envolvendo gás, posso garantir que nos últimos dez anos esse foi o caso de maiores proporções no Paraná", afirmou Pinheiro.

Sem luz

De acordo com a assessoria de imprensa da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica do Paraná), às 18h34 de quarta-feira foi desligado o alimentador de energia da região do bairro Mercês.

Moradores dos bairros Bom Retiro, Mercês e São Francisco ficaram sem luz, num total de 3.667 moradores atingidos. A partir das 19h, as chaves de linhas de distribuição do alimentador começaram a ser religadas de forma seqüencial. As casas mais próximas do local do incêndio permaneceram mais tempo sem luz.

Às 19h02, a maior parte dos moradores que ficaram sem luz voltou a ter o fornecimento normalizado. Segundo a Copel, neste horário 766 casas permaneciam sem luz. Às 19h24, 626 residências continuavam sem fornecimento de energia. Às 21h13, o número de residências sem luz caiu para 128.

O fornecimento foi totalmente restabelecido às 23h53, quando todas as casas, inclusive as bem próximas à distribuidora onde houve o incêndio, voltaram a ter o fornecimento de energia.

Trânsito

O trânsito nas ruas próximas à distribuidora foi liberado por volta da 1h desta quinta-feira (2).

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