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Pitanga foi a cidade do Paraná que mais perdeu território com a criação de novos municípios após a Constituição de 1988. Foram quatro cisões ao todo entre 1989 e 1996. "Para a cidade, essa divisão foi ótima, pois transformou Pitanga em um pólo", diz o prefeito Alexandre Carlos Buckmann (PTB). Pitanga tem hoje 36 mil habitantes, R$ 24,4 milhões de orçamento anual, apenas R$ 1,8 milhão de receita própria e R$ 11,3 milhões de gastos com folha de pagamento de 998 funcionários. Com o que recebe dos governos federal e estadual, a prefeitura busca investir nos setores que elegeu como prioridade: saúde e educação.

Diferentemente de Novas Tebas – que cindiu de Pitanga para virar município, em 1989, e onde apenas uma indústria ajuda na pouca geração de postos de trabalho –, Pitanga acumula 107 empresas de médio e grande porte e 504 estabelecimentos comerciais. Apesar do desenvolvimento do município, segundo o prefeito, enfrenta problemas sociais e precisa implemento na geração de mais postos de trabalho. "Hoje, Pitanga tem 12% da população desempregada", lembra Buckmann.

Por falta de trabalho, Divino Rodrigues, 57 anos, sobrevive com R$ 300 que recebe de pensão da esposa e foi obrigado a invadir uma área do município, onde construiu um pequeno barraco de madeira coberto por lona preta. "Tenho vontade de trabalhar, mas falta emprego", lamenta. Segundo ele, quando surgem trabalhos na roça dá até para pensar em comer carne no final de semana. "Isso acontece uma vez por mês." (DP)

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