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Brasília – Fracassou ontem a tentativa de abrir a caixa-preta dos gastos dos parlamentares com a chamada "verba indenizatória" – R$ 15 mil mensais que são usados para despesas nos estados. A proposta do presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), era que os integrantes da Mesa Diretora da Casa decidissem pela disponibilização desses dispêndios na internet. Mas os membros da Mesa Diretora preferiram consultar, em nova reunião, os líderes dos partidos sobre o tema.

A "verba indenizatória" pode ser usada para deslocamentos, aluguel e manutenção de escritórios e até com pessoal. A dificuldade é a suspeita do uso de notas frias para justificar os gastos. A cada disputa existente no Senado, surgem os boatos sobre o uso ilegal dessa verba, dispensada por dois únicos senadores: Jefferson Peres (PDT-AM) e Marco Maciel (DEM-PE).

Visibilidade

No encontro de ontem da Mesa, Tião Viana defendeu a idéia de ampliar a visibilidade da instituição. "Não é bom que o Senado tenha corredores escuros", alegou. Por ora, a única decisão nesse sentido é a de tornar obrigatória a publicação, nos "Jornais do Senado" ou do "Congresso", dos pedidos de licença dos parlamentares. Sobre a verba, ele disse que o tema está em pauta. "Foi examinada a tese de tornar pública, como é na Câmara dos Deputados, ou seja, ir para internet, o que são as ‘verbas indenizatórias’, mas não houve a concordância da maioria da Mesa e o assunto ficou de ser tratado com os líderes partidários", afirmou. Para Tião Viana, não há como recuar da idéia de abrir as contas da Casa.

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