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O DJ que agrediu o sargento da Polícia Militar (PM) Jackson Knoll durante uma operação da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), na madrugada desta quinta-feira (1º), em Curitiba, foi solto logo após responder a um termo circunstanciado no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac Sul). Segundo informações divulgadas pela PM e confirmadas pelo Major Vianei, coordenador da Aifu na PM, outros dois homens foram detidos por atirar garrafas contra os agentes que atuavam na operação e também estão em liberdade. O sargento foi agredido com um soco no supercílio esquerdo ao solicitar que o público evacuasse a casa noturna John Bull, localizada no Centro Cívico, devido a irregularidades encontradas durante a fiscalização. O estabelecimento estava com o alvará vencido e, segundo informações do Corpo de Bombeiros, não atendia às determinações do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Os agentes da vigilância sanitária também identificaram pessoas fumando dentro do local, o que vai contra as legislações municipal e federal.

O estabelecimento foi multado e recebeu prazo de 30 dias para regularizar as falhas apontadas durante a operação. De acordo com o proprietário do estabelecimento, Gilberto Carvalho, o extintor de incêndio estava vencido desde fevereiro e algumas das luzes de emergência, localizadas sobre as portas, não estavam funcionando. "Nós já regularizamos todas as questões apontadas pelos agentes. Inclusive, fechamos a área na qual as pessoas estavam fumando", afirma.

O proprietário conta que deu entrada no processo de renovação do alvará no início do ano e que aguarda o retorno do Corpo de Bombeiros sobre as solicitações de ajustes no projeto. Ele afirma ainda que a casa já havia sofrido uma fiscalização da Aifu, que não havia apontado nenhuma irregularidade – Gilberto não soube precisar a data desta operação, mas diz que ela ocorreu entre o final de fevereiro e o início de março. O dono da casa noturna lamentou a atitude do DJ, que afirma não ser contratado da casa. Segundo Marcelo Bremer, diretor de fiscalização da Secretaria do Urbanismo, caso ocorra uma nova fiscalização na qual sejam constatadas irregularidades, a casa pode vir a sofrer embargo ou a paralisação das atividades, de acordo com a gravidade dos problemas constatados. A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR) emitiu nota de repúdio sobre o episódio, condenando a agressão contra a polícia.

A Aifu tem por objetivo reduzir riscos à segurança dos frequentadores de casas noturnas, além de coibir delitos, como uso de drogas e venda de álcool a menores. As operações são realizadas de forma conjunta, envolvendo a PM, bombeiros, Guarda Municipal, agentes da vigilância sanitária entre outros órgãos públicos.

Acompanhamento

O sargento Jackson Knoll está sendo acompanhado pelo Comando Geral da PM. Nesta sexta-feira (03), o policial recebeu a visita do major Olavo Vianei Nunes, que o informou sobre a abertura de sindicância sobre o caso.

De acordo com as informações divulgadas pela PM, o major também orientou Jackson Knoll sobre as medidas administrativas e civis que podem ser tomadas, além das penais adotadas no dia da ocorrência, com a identificação e prisão dos agressores.

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