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O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) decretou ontem situação de emergência para executar mais rapidamente obras de reforço da estrutura que restou da ponte na Represa do Capivari, que desabou em janeiro, na pista Curitiba-São Paulo da BR-116. O órgão também vai realizar serviços emergenciais de contenção da encosta sobre a qual se apoiava a ponte. O terreno no local, justifica o Dnit, continua cedendo e pode colocar em risco o que restou da ponte.

Nos últimos 15 dias, de acordo com o órgão, a encosta se movimentou 1,6 metro em direção à última das pilastras que ficaram em pé. Em seis meses, foram 8 metros de avanço. A informação do Dnit confirma o alerta feito pela Gazeta do Povo na edição da última sexta-feira, na qual foi mostrado que a margem da represa estava avançando sobre o pilar e que o solo da encosta tinha uma série de rachaduras, que poderiam indicar movimentação de solo. Devido a esse fenônemo de deslocamento de terra, existe o risco de que a pilastra seja pressionada e tombe.

O custo estimado das obras emergenciais é de R$ 2,5 milhões. Segundo o Dnit, a contenção do morro será feita por meio da construção de uma espécie de parede de concreto (veja infográfico). Essa medida já havia sido utilizada meses atrás para conter a movimentação do solo na cabeceira da ponte que ficou em pé. Além da contenção da encosta, a terra que avançou em direção à pilastra também será retirada. E o pilar será reforçado.

Com a decretação da emergência, os trabalhos de reforço da pilastra e de contenção da encosta poderão ser realizados sem a necessidade de se fazer uma licitação. As obras, porém, terão que ser executadas dentre de um prazo máximo de seis meses. Um processo licitatório demoraria pelo menos quatro meses para se escolher a empresa que executaria a obra, justificou o Dnit, por meio da assessoria de imprensa. Haveria ainda o risco de que houvesse contestações judiciais da licitação, o que atrasaria ainda mais a execução do serviço. Por medida de precaução o Dnit decidiu decretar a emergência para garantir que as obras necessárias sejam realizadas a tempo.

Essa é a segunda situação de emergência decretada pelo Dnit em seis meses para a realização de obras na ponte do Capivari. Na primeira, logo após o desabamento, a expectativa era de que a ponte pudesse ser reconstruída até o fim deste mês sem necessidade de licitação – o que não foi possível. Agora, o decreto vale apenas para a contenção da encosta. A reconstrução da ponte terá que ser feita por licitação.

Solução

O Dnit praticamente já escolheu qual solução de engenharia será utilizada para a reconstrução da ponte. O projeto mais provável é de se reconstruir os 80 metros que caíram e acrescentar mais 40 metros de ponte. A cabeceira, assim, ficaria distante da encosta que está cedendo, dando mais segurança à estrutura. Dos três projetos avaliados pelo Dnit, esse seria o mais barato.

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