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A pesquisa da Senad mostra a situação preocupante dos jovens (entre 18 e 24 anos). Desse universo, 23% bebem freqüentemente – consomem álcool uma vez por semana ou mais, podendo consumir cinco ou mais doses em ao menos uma dessas ocasiões.

Nesse público, o primeiro gole é por volta dos 15,3 anos, enquanto o consumo regular começa com 17,3 anos. Foi justamente por volta dos 17 que a estudante Renata (nome fictício), hoje com 21 anos, passou a beber. As primeiras vezes foram nas viagens entre a cidade natal e uma cidade vizinha, a 80 quilômetros, onde fazia um curso. "Eu via o pessoal bebendo e quis me enturmar. Todo mundo ia bebendo no ônibus."

As faltas no curso e as notas baixas não foram suficientes para despertar a atenção dos professores sobre a dependência química que começava a dar os primeiros sinais. "A gente nem ia para a aula. Fazia uma vaquinha, passava no mercado e ia para as festas nas repúblicas de estudantes com cerveja, catuaba...", afirma.

Ao se mudar para Curitiba, Renata teve contato com as festas raves e, por tabela, com outras drogas: maconha, LSD, ecstasy e cocaína. O estopim para que a família a levasse a procurar ajuda foi quando ela perdeu o emprego. "Eu não ligava para nada. Chegava atrasada e não fui trabalhar dois dias." Renata ficou 35 dias internada e três meses sob acompanhamento médico.

Em julho, Renata teve uma recaída e voltou a ser internada – há dois meses está novamente sob supervisão médica. "Comecei a beber de volta, esporadicamente. Aí fui aumentando a dose até chegar a um estado crítico."

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