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A investigação da Polícia Civil de São Paulo deflagrada na semana passada contra o PCC constatou que dois chefes da facção criminosa controlam do exterior o tráfico de drogas em São Paulo. Um deles está no Paraguai; o outro, nos Estados Unidos. A polícia tentará prendê-los com ajuda da Interpol (polícia internacional), já que conseguiu da Justiça mandados de prisão contra eles.

Fabiano Alves de Souza, o Paca, é considerado um dos principais integrantes da facção. Segundo a polícia paulista, ele está no Paraguai. "De lá, ele está administrando as contas da facção", afirmou o delegado Wagner Giudice. Paca, que está em liberdade após 12 anos de prisão, é tido como um dos três criminosos com poderes na facção equivalentes a Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal chefe da quadrilha.

O outro suspeito é Wilson José Lima de Oliveira, o Neno, que, segundo a polícia, está nos EUA. Ele é apontado com um dos responsáveis pela arrecadação da chamada "cebola", mensalidade de R$ 600 que cada membro da facção é obrigado a pagar. Segundo o delegado Rui Ferraz Fontes, Neno se "agregou" nos EUA com um grupo ainda desconhecido e se mantém lá com recursos da venda de drogas. "Ele está dando as ordens para a manutenção do tráfico em São Paulo. Mantém de pontos de venda a varejo, vivendo do lucro da venda da cocaína aqui."

A operação desencadeada pela Polícia Civil já levou 40 pessoas à prisão desde o dia 8. Foi batizada de "Bate Bola" em referência ao modo como a troca de comunicação é chamada entre os criminosos. Para a polícia, Amarildo Ribeiro da Silva, o Júlio, foi o principal membro do PCC preso na operação. Ele era o principal administrador da facção nas ruas. "O responsável por demandar toda a operação, toda a execução, da compra e venda da droga nas ruas era o Amarildo", disse Fontes.

Foi numa conversa interceptada entre Júlio e Paca que os policiais descobriram que o nome Russo era um código para se referir a Marcola. Por isso, os policiais puderam atribuir a Camacho mais de um terço da cocaína apreendida (40 dos 102 kg). O secretário da Segurança, Ferando Grella Vieira, e o promotor Lafaite Ramos pedirão a internação de Marcola no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que prevê isolamento na prisão.

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