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Tereza Hatue (de óculos) e as costureiras aprendizes da Vila das Torres: tradição compartilhada | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Tereza Hatue (de óculos) e as costureiras aprendizes da Vila das Torres: tradição compartilhada| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Capacitação

Grupo atende cerca de 150 pessoas todas as semanas

O Clube de Mães União Vila das Torres foi fundado há 16 anos, com o objetivo de capacitar mulheres para o mercado de trabalho. Ao longo da história do grupo, a gama de atividades oferecida à comunidade foi tanta que até mesmo o público masculino começou a procurar a associação para desenvolver habilidades e tentar entrar no mercado de trabalho. "A ideia é integrar a sociedade, ficamos muito felizes quando conseguimos encaminhar alguém para um emprego", diz a presidente do Clube, Irenilda Arruda.

Entre as atividades oferecidas pela associação estão aulas de ginástica, curso de pintura em tela, assessoria jurídica e projetos de moda sustentável, além da manutenção de uma biblioteca e uma rádio comunitária. Por semana, cerca de 150 pessoas passam pela sede do Clube. Todas as oficinas são oferecidas por ministrantes voluntários. A associação cobre suas despesas com a realização de bazares. (AS)

Cinco mulheres do Clube de Mães União Vila das Torres, em Curitiba, participam desde terça-feira de uma oficina de confecção que utiliza a técnica japonesa do furoshiki. Elas estão produzindo cem bolsas que serão distribuídas a convidados do Paraná Business Collection (PBC). A oficina vai até amanhã.

De acordo com a coordenadora do PBC, Nereide Michel, a ideia de capacitar as mulheres veio da consciência de que o mundo de glamour da moda exige e depende de muito trabalho. "Queremos valorizar a atividade dessas mulheres, revelar talentos e propiciar uma fonte de renda apresentando um trabalho sofisticado", diz. A 7.ª edição do PBC, considerado o maior evento de moda do Paraná, será realizada de 6 a 10 de novembro.

Além de aprender uma nova técnica de confecção, as participantes estão sendo remuneradas pelo trabalho. A oficina é ministrada pela empresária Tereza Hatue de Rezende, que destaca a versatilidade do furoshiki. A partir de um quadrado de pano trabalhado com nós, é possível confeccionar embalagens para os mais diversos objetos, até onde a imaginação permitir. "As participantes da oficina vêm se mostrando muito criativas, já fizeram por conta própria uma bolsa para carregar bebês", diz.

Tereza afirma que a técnica, com 1,5 mil anos de tradição, permite a sustentabilidade econômica e ecológica, por fazer com que sacolas plásticas tornem-se prescindíveis. A empresária também ressalta o caráter de reutilização do furoshiki. "Quando os nós são desfeitos, o pano pode virar uma bela echarpe."

Conhecimento a mais

A costureira Elza Martins afirma que quis participar das aulas para agregar conhecimentos a sua profissão e porque vê no furoshiki uma relação com o origami, técnica japonesa de dobradura de papel apreciada por ela. "É incrível a quantidade de coisas que dá para se fazer com um simples quadrado de pano, são muitas as possibilidades", diz.

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