• Carregando...

O número de atropelamentos no Contorno Sul de Curitiba dobrou nos cinco primeiros meses de 2014, na comparação com o mesmo período de 2013. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), enquanto foram seis acidentes na estrada entre janeiro e maio do ano passado, neste ano o número chegou a 12.

Junto com o crescimento nos atropelamentos, o número de mortos nesses acidentes mais que dobrou no mesmo período. Segundo a PRF, foram sete óbitos na rodovia entre janeiro e maio de 2014, contra três dos cinco primeiros meses do ano de 2013. Os últimos dois casos de mortes por atropelamento ocorreram na noite de quarta-feira (9) e na segunda-feira (7).

O Contorno Sul corta de uma ponta a outra a Cidade Industrial de Curitiba, o maior e mais populoso bairro da capital, com 172 mil habitantes, segundo dados do Censo de 2010, disponíveis no site do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).

O alto número de moradores e de empresas na região – o que demanda grande quantidade de trabalhadores no local – seriam razões para o alto número de atropelamentos na estrada, conforme explica o inspetor Cristiano Mendonça, da PRF. "No lugar não há muita iluminação, o fluxo de veículos é alto e são muitas pessoas que circulam, por causa da quantidade de empresas".

Ainda de acordo com o inspetor, no início do ano, alguns usuários de drogas da região se arriscavam na rodovia, o que teria provocado alguns dos acidentes.

Na tentativa de minimizar os problemas, a Superintendência do Departamento Nacional de Insfraestrutura de Transportes (DNIT) no Paraná informou, em nota, que pretende colocar cinco passarelas no Contorno Sul nos locais considerados de maior demanda. Porém, a Superintendência diz que ainda não há prazos para o início da instalação desta e de outras melhorias previstas.

Fuga

Em alguns casos, os motoristas fogem do local dos atropelamentos sem prestar o devido auxílio às vítimas. Uma das ocorrências registradas pela PRF foi na segunda-feira (7), quando um homem foi morto por um veículo não identificado que deixou o local do acidente sem deixar rastros. A vítima morreu na hora e não havia testemunhas que pudessem dar pistas sobre o ocorrido.

Conforme explica o delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran), Vinícius Augustus de Carvalho, deixar o lugar do acidente sem prestar socorro, "mesmo que depois o motorista ligue para a Polícia e informe sobre o atropelamento, é um crime que pode levar o condutor do veículo à prisão".

Em um atropelamento, segundo o Código Brasileiro de Trânsito, o motorista que cometer um atropelamento com morte, o caso é considerado homicídio culposo e o condutor estará sujeito a "detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor", conforme o Art. 302. A pena pode aumentar de um terço a metade do período em caso de o condutor fugir do local.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]