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De novo - Senado também quer ouvir controladores

A CPI do Apagão Aéreo do Senado também vai ouvir os controladores de tráfego aéreo que trabalhavam no dia do acidente entre o Boeing da Gol. A CPI aprovou ontem requerimento de convocação dos controladores e dos representantes dos dois sindicatos da categoria: Jorge Botelho e Wellington Rodrigues.

Apesar de aprovado o requerimento, o relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO) admitiu que os controladores podem se recusar a prestar depoimentos.

"Eu não acredito que os controladores venham à CPI porque estão sendo investigados. E por isso têm o direito de não vir. Mesmo se vierem, eles podem não falar nada", admitiu o senador.

Demóstenes disse que decidiu iniciar os trabalhos com os controladores por considerar que houve falhas da categoria no acidente com o Boeing da Gol.

Brasília – O presidente da Associação Brasileira de Controladores de Vôo, sargento Wellington Rodrigues, confirmou ontem, em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara, a informação dada pelo deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) de que, há cerca de duas semanas, dois aviões comerciais quase se chocaram no espaço aéreo próximo à cidade de Brasília. "Só não tenho o tipo de aeronave. Aconteceu há 15 dias. A informação que tenho é de que (as duas aeronaves) passaram bem próximas", disse.

Segundo Vic Pires Franco, os dois aviões eram um Boeing e um Airbus. O Comando da Aeronáutica ficou de se pronunciar sobre o assunto. Rodrigues informou que a Associação Brasileira dos Controladores de Vôo vai processar "todos aqueles que chamaram de sabotadores" os integrantes da categoria. No auge da crise nos serviços de controle do tráfego aéreo, o presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Mílton Zuannazzi, chamou os controladores de vôo de "Bin Laden".

Erro

Em depoimento de cerca de três horas aos deputados, o presidente do Sindicato dos Controladores de Vôo, Jorge Botelho, reconheceu que os controladores que estavam em serviço no dia do choque entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, em 29 de setembro de 2006, erraram. Botelho argumentou, no entanto, que a responsabilidade pela colisão entre os dois aviões não pode ser creditada apenas aos controladores de vôo.

"A meu ver, pode ter havido erro dos controladores, mas tem que se cobrar também daqueles que têm de oferecer os equipamentos e as condições de segurança para que eles (os controladores) trabalhem. Se for detectar que eles estão mal preparados, isso é coisa dos gestores", disse Botelho.

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