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Os policiais militares Charles Azevedo Tavares e Alex Ribeiro Pereira foram condenados na noite de sexta-feira (4) a 25 anos de prisão em regime inicialmente fechado pela morte da juíza Patrícia Acioli, em 2011. A sentença foi expedida após 14 horas de julgamento no Tribunal do Júri de Niterói, região metropolitana do Rio.

Os dois policiais foram culpados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade) e por formação de quadrilha. A juíza também determinou a perda da função pública dos militares.

Na sentença, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce classificou os réus como "portadores de personalidades distorcidas". Ela também disse que "a quadrilha tentou calar a voz da Justiça ceifando a vida da magistrada".

Dos 11 PMs acusados de envolvimento no crime, sete já foram julgados. Entre os condenados está o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo da Polícia Militar. Ele pegou 36 anos de prisão em regime fechado.

Os policiais Handerson Lents da Silva e Sammy dos Santos Quintanilha Cardoso tiveram o julgamento adiado para o dia 14 de abril. A defensora pública de Silva alegou não ter tido tempo hábil para ler todo o processo. Já Cardoso pediu para trocar de advogado no início da sessão.

Patrícia Acioli era juíza titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo quando foi morta, em 11 de agosto de 2011, com 21 tiros, ao chegar em casa, em Niterói, município vizinho. A magistrada atuava em processos em que os réus eram policiais militares do Batalhão de São Gonçalo envolvidos em supostos autos de resistência (quando há mortes em confrontos com a polícia) forjados.

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