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Dois policiais militares do 13.° Batalhão da PM foram presos em flagrante, na noite de anteontem, pelo Serviço Reservado da Polícia Militar (P-2), sob a acusação de concussão (extorsão feita por funcionário público). Os soldados, cujos nomes não foram revelados pela P-2, são acusados de tentar extorquir R$ 600 de um homem que teria passagem pela polícia. A dupla foi presa no bairro Umbará, no cruzamento da Rua Nicola Pelanda com a Estrada do Ganchinho, em Curitiba.

De acordo com o tenente Cecílio Campiolo Luz, relações- públicas da PM, os soldados descobriram durante uma abordagem de rotina que a vítima tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas. "A partir daí, os policiais teriam perseguido o rapaz e afirmado que montariam um ‘esquema’ para que ele fosse autuado novamente por tráfico, caso não fosse pago os R$ 600 pedidos pela dupla", explica o tenente.

A informação de que o pagamento ocorreria na quarta-feira teria chegado até a P-2 por meio de denúncia anônima. "No horário marcado, a viatura dos soldados foi até o bairro para se encontrar com o rapaz. A ação foi monitorada pela equipe da P-2. Quando o negócio foi fechado, os policiais receberam voz de prisão", conta Campiolo.

Os dois PMs foram levados presos para o Batalhão de Guarda, no bairro Ahú. A PM abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar os envolvidos. O crime de concussão prevê uma pena de reclusão de 2 a 8 anos. "Administrativamente, os soldados podem ser excluídos da corporação", finaliza o tenente.

Lotado

A dupla vai fazer companhia a mais oito policiais detidos nesta semana. Na terça-feira passada, três policiais militares das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) se apresentaram na Delegacia de Colombo, região metropolitana de Curitiba, e foram presos. Eles são acusados de matar a tiros Deiviti Maicon dos Santos, 19 anos, e de ferir o primo da vítima, Tiago Luís Machado, 21 anos. Na quarta feira, outros cinco policiais militares foram detidos acusados de vender gabaritos e colocações a soldados que disputaram vagas para o Curso de Formação de Cabos e Sargentos da PM. Outros 47 soldados que teriam aceitado pagar para ingressar no curso, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, foram afastados.

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