Brasília Os US$ 248,8 mil apreendidos com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos no último dia 15 de setembro num hotel em São Paulo, saíram de um banco em Miami (EUA), entraram no Brasil e foram repassados a um banco de pequeno porte de São Paulo.
A Polícia Federal já tem o nome do banco, da agência, do correntista onde o dinheiro foi depositado e até do sacador, mas mantém os dados em sigilo para não alertar os alvos, até que sejam concluídas as diligências em curso para produção de provas.
A informação sobre o rastreamento dos dólares constará do documento oficial que o Department of Homeland Security, espécie de Ministério do Interior dos Estados Unidos, enviará ao Ministério da Justiça brasileiro e à PF com base no acordo de cooperação jurídica e policial entre os dois países.
Embora o documento ainda esteja sendo redigido, a informação já foi passada, ontem, extra-oficialmente, a autoridades brasileiras.
Para a PF, embora possa ter entrado legalmente no Brasil, isso não quer dizer que os dólares tenham origem legal. O inquérito do esquema dos sanguessugas, comandado pelo delegado Diógenes Curado e pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar, vai investigar se o dinheiro provém de atividades lícitas, ou se é fruto de corrupção, de desvio de dinheiro público, ou contribuição ilegal para partido político (caixa 2).
A identificação da procedência dos dólares foi facilitada porque as cédulas eram virgens, estavam em série numerada e os dois maços em que foram encontradas eram embalados em fitas do Bureau of Engraving and Printing (BEP), espécie de Casa da Moeda americana. O rastreamento e a identificação completa da operação até a remessa física do dinheiro ao Brasil foi feita em apenas cinco dias pelo governo dos EUA.
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