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Cuiabá – Os advogados dos donos da casa de câmbio Vicatur, de Nova Iguaçu (RJ), comunicaram oficialmente ontem à Polícia Federal de Mato Grosso que a empresa não tem como identificar os compradores dos dólares que seriam usados para pagar um dossiê contra tucanos. Segundo os defensores de Sirlei da Silva Chaves e Fernando Manuel Ribas, a intensa movimentação financeira da casa de câmbio torna impossível a identificação dos compradores.

A informação foi protocolada pelos advogados Bruno de Oliveira e Ubiratan Cavalcanti no inquérito da Polícia Federal que investiga a origem dos dólares. Segundo fontes ligadas à investigação, os sócios da Vicatur afirmaram que, quando a casa de câmbio recebe dinheiro, não realiza a conferência das séries. Apenas faz a contagem das notas e as disponibiliza para as transações. A PF descobriu que, do R$ 1,7 milhão encontrado com os petistas Gedimar Passos e Valdebra Padilha no hotel Íbis, em São Paulo, US$ 109,8 mil teriam saído da Vicatur.

Com a declaração, os sócios da casa de câmbio demonstram que não têm interesse na delação premiada, na qual poderiam ser beneficiados na Justiça caso auxiliassem nas investigações. Sirlei Chaves e Fernando Ribas estão indiciados por falsificação de documentos e crime contra o sistema financeiro. Mas em depoimento dado à PF em outubro eles negaram conhecer qualquer um dos petistas citados no caso.

O delegado Diógenes Curado Filho, que conduz o inquérito, identificou pelo menos sete pessoas de uma mesma família que teriam emprestado seus CPFs para que a Vicatur realizasse operações financeiras.

A Polícia Federal pretende ouvir na próxima semana o piloto de avião Tito Lívio Ferreira da Silva Júnior, de Campo Grande (MS). As investigações apontaram que ele teria sido contratado por Padilha para transportar o dinheiro de São Paulo até Cuiabá.

Também ontem a PF de Mato Grosso recebeu a documentação apreendida por agentes federais de Santa Catarina na Centaurus Turismo e Câmbio, de Florianópolis, onde também teria sido comprada parte dos dólares.

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