O arcebispo emérito de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns, 93, foi internado na manhã segunda-feira (1).
A informação é da assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Paulo, segundo a qual o religioso sofreu mal-estar e foi levado de ambulância do convento onde mora, em Taboão da Serra (SP), ao Hospital Santa Catarina, na avenida Paulista.
De acordo com ela, o arcebispo emérito apresentou melhora em seu quadro de saúde ao longo do dia.
A expectativa, no entanto, é de que ele passe a noite desta segunda-feira na unidade hospitalar, onde realiza exames médicos para diagnosticar a origem do mal-estar.
O religioso foi um dos principais nomes da luta em favor dos direitos humanos durante a ditadura militar.
Em 1972, ele criou a Comissão Brasileira Justiça e Paz, que articulou denúncias contra abusos do regime militar.
O arcebispo emérito também fundou o projeto “Brasil: Nunca Mais”, que reuniu documentos oficiais sobre o uso da tortura durante o regime militar no Brasil.
A iniciativa ajudou a sistematizar informações de mais de 1 milhão de páginas de 707 processos do STM (Superior Tribunal Militar).
O relatório obtido teve papel fundamental na identificação e denúncia de torturadores do regime e no esclarecimento de assassinatos e desaparecimentos.
-
Caminho do impeachment? 5 semelhanças e diferenças entre as brigas de Lula x Lira e Dilma x Cunha
-
Direita é maior que esquerda no Brasil, mas precisa se livrar do clientelismo
-
A crucial ajuda americana para a Ucrânia
-
Na Embrapa sindicalizada do governo Lula, agronegócio vira tabu e meritocracia perde espaço
Decisões do TSE no relatório americano da censura foram tomadas após as eleições de 2022
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Deixe sua opinião