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O proprietário de um carrinho de cachorro-quente foi assassinado, na madrugada deste sábado (1º), no bairro São Braz, em Curitiba. Elias Soares, de 26 anos, foi atingido por dez tiros e morreu no local. O crime foi cometido diante de dezenas de pessoas, que lanchavam ali perto ou que passavam pela via.

Há 12 anos, Soares mantinha o trailer "Laricão", onde preparava e vendia cachorros-quentes, na Avenida Toaldo Túlio. Segundo informações da Delegacia de Homicídios (DH), por volta da 00h30, um homem estacionou um carro branco perto da lanchonete, desceu e foi em direção a Soares. Sem dizer nada, o assassino disparou nove vezes contra as costas da vítima. Um outro disparo atingiu o queixo do vendedor. Uma pistola calibre .380 foi usada no crime.

"O autor do homicídio chegou e foi direto até a vítima. Localizamos algumas câmeras de segurança que podem ajudar a identificar o veículo usado pelo assassino e a entender melhor a dinâmica do homicídio", disse o delegado Fábio Amaro, que atendeu a ocorrência.

Apesar do grande número de pessoas que presenciou o assassinato, a polícia teve dificuldades em obter no local informações que pudessem ajudar a elucidar o crime. "Tinha muita gente, mas ninguém quis falar. Eles temem represálias. Infelizmente, esta é uma dificuldade que a polícia encontra", lamentou o delegado. Apesar disso, ele reforçou que denúncias podem ser repassadas à DH de forma anônima, pelo telefone 0800-6431-121.

ConsternaçãoPela manhã, familiares de Soares estavam na DH, cumprindo trâmites burocráticos para liberação do corpo. O clima era de tristeza e consternação. O pai da vítima, o aposentado José Soares, de 68 anos, não encontrava algo que justificasse o assassinato do filho. Ele acrescentou que Elias não tinha desafetos ou algum desentendimento que pudesse motivar o crime.

"Era um rapaz bom, que morreu trabalhando, assassinado pelas costas. A gente pede a Deus agora que haja justiça. Que os responsáveis paguem. Mas nada disso vai trazer meu filho de volta", disse José Soares.

Segundo a polícia, Elias tinha passagem policial por receptação de produtos roubados.

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