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Em julho, o governo do estado anunciou que iniciaria imediatamente a construção da trincheira no cruzamento da Avenida Comendador Franco (a popular Avenida das Torres) com a Avenida Rui Barbosa, em São José dos Pinhais. A drenagem em alguns pontos da região – que não estava prevista no planejamento inicial – atrasou o começo das obras. Apesar da mudança de planos, o término da construção ainda é esperado em 420 dias – aproximadamente 14 meses –, a partir do início oficial esperado para a próxima semana.

O objetivo da trincheira é melhorar o fluxo de veículos em um dos espaços mais conturbados da grande Curitiba. "Todos que utilizam o Aeroporto Afonso Pena estão na dependência de superar ou evitar os congestionamentos no trecho, reconhecidamente um trava-fluxo", explica Alcidino Bittencourt Pereira, coordenador-geral da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

Segundo Pereira, o atraso no início das construções se deve a uma tentativa de diminuir o impacto na Avenida das Torres, permitindo o seu funcionamento pelo maior tempo possível. "Tivemos que rever a tecnologia que seria empregada. Com isso, permite-se escavar o túnel sob a Avenida das Torres sem prejuízos para o tráfego no local", esclarece. Em um estágio mais avançado da obra, no entanto, o tráfego será bloqueado.

A trincheira inevitavelmente afeta imóveis próximos. Para a construção das alças de acesso, a desapropriação de espaços é necessária. De acordo com a prefeitura de São José dos Pinhais, o decreto de utilidade pública já foi emitido, mas ainda não se chegou a um consenso sobre os valores das indenizações com os proprietários. A prefeitura afirma que a situação das conversas é "avançada".

Durante a construção da trincheira do bairro do Portão (Zona Sul de Curitiba) – localizada no cruzamento entre a Via Rápida e a Avenida Presidente Kennedy –, houve grande dificuldade da prefeitura de Curitiba para acertar os valores de indenização com os moradores dos condomínios próximos, atrasando em seis meses a conclusão da obra.

Dificuldade

Mesmo sem grandes trabalhos na área até o momento, a Avenida Rocha Pombo (que sai do aeroporto e desemboca na Avenida das Torres) já está fechada há 30 dias. De acordo com o dono do posto de combustíveis Casil, Belmiro Nichele, o movimento do comércio caiu de 25% a 30% em razão das obras. E o comerciante alerta para outro problema. "Há muitos caminhões que se carregam em barracões próximos. E existe uma dificuldade grande de encontrar retornos para os veículos com extensões muito largas, complicando o início da viagem no sentido de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul", diz.

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