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O ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) disse nesta sexta-feira (10), em nota, que o atual prefeito da capital paranaense, Gustavo Fruet (PDT), quer inviabilizar a construção do metrô. Ducci disse que a obra com a qual os curitibanos sonham há 30 anos não será realizada porque o atual prefeito não quer construir o metrô.

"A única coisa que fica evidente é que a obra, por um motivo ou por outro, não será realizada. A cada momento ouvimos argumentos diferentes apresentados pelo prefeito para não fazer o metrô. Seria necessário, e apropriado, que o prefeito viesse a público e dissesse aos curitibanos os motivos reais para ser contra a construção de um metrô em Curitiba", disparou Ducci.

O político do PSB criticou a medida tomada pela gestão de Fruet, que solicitou uma consulta ao mercado para que novos projetos sejam apresentados. Foram questionados pelo atual prefeito aspectos de orçamento, estimativa de passageiros e método de construção do metrô. O anúncio de que o projeto será modificado mais uma vez foi feito na última terça-feira (7) pelo secretário municipal de Planejamento e Gestão, Fábio Scatolin.

Sobre os métodos construtivos, alvo da mudança prevista pela prefeitura, o ex-prefeito relatou na nota que estranha a crítica da atual gestão sobre o método "cut and cover" (cavar e cobrir). Ducci diz que este método foi utilizado em outros locais do mundo, como no metrô de São Paulo, no Brasil, e em Madri, na Espanha, e que o projeto de Curitiba foi considerado o "melhor do Brasil pela presidente Dilma Rousseff" (PT). "O problema é que o sistema de escavação que o prefeito quer [shield, ou tatuzão] encarece o projeto. O equipamento é caro, pois normalmente é montado para apenas uma obra e a máquina deve atender as características do tipo de solo escavado", opinou Ducci.

Resposta

Na noite desta sexta-feira, o prefeito Gustavo Fruet respondeu às críticas do antecessor, afirmando que a discussão é meramente técnica. Segundo Fruet, no projeto anterior do metrô não havia clareza quanto a questões essenciais, tais como: o custo real da obra, qual o método de construção, e quais as fontes de financiamento. "Não adianta entrar na discussão do gosto pessoal, porque senão parece torcida de futebol. Sempre tem quem vai preferir o metrô, quem prefere o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), ou outros modais. Quero ter uma postura responsável e não pirotécnica", afirmou o prefeito.

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