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Recordista em acidentes, o trecho da Serra do Cafezal na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal ligação de São Paulo com o Sul do País, não estará totalmente duplicado antes de 2016. Desde que assumiu a concessão, a OHL tenta sem sucesso conseguir a licença ambiental para duplicar os 19 km que ligam Curitiba a São Paulo, na parte mais íngreme e perigosa da serra.

O último estudo, protocolado em maio deste ano no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi recusado no fim de outubro pelo órgão federal. O Ibama considerou que alguns pontos não estão bem claros e pediu complementações. Entre as pendências estão aspectos da compensação ambiental que será feita – já que uma importante área de Mata Atlântica será impactada pela obra.

Novo pedido, apresentado dia 28 de novembro, ainda será analisado. As obras devem durar três anos, mas só podem ser iniciadas após a concessão da licença.

Apenas no trecho da serra, de janeiro de 2009 a setembro deste ano, foram registrados 1.862 acidentes, média de 42 por mês. O traçado íngreme de pista simples responde pelo alto índice de mortalidade na estrada. Pelo menos 120 pessoas morreram por ano entre São Paulo e Curitiba e, segundo levantamento feito pela reportagem, os casos mais graves ocorreram na serra.

Dos 30 quilômetros da Serra do Cafezal, 11 foram recentemente duplicados. O trecho, entre Miracatu e Juquitiba, em São Paulo, é o principal entrave logístico para o Sul do Brasil. Pela rodovia passam 22 mil veículos ao dia.

Resposta

A OHL informa que já apresentou as complementações pedidas pelo Ibama e que espera a autorização da obra no menor tempo possível. A concessionária "defende a realização das obras de duplicação da Serra do Cafezal como fundamentais e urgentes para a segurança dos usuários".

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