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A previsão é de duplicar 30 quilômetros por ano, até a conclusão do projeto em 2021 | Josué Teixeira / Gazeta do Povo
A previsão é de duplicar 30 quilômetros por ano, até a conclusão do projeto em 2021| Foto: Josué Teixeira / Gazeta do Povo

Ritmo lento

A realização de obras de duplicação de rodovia não é algo corriqueiro no Paraná. Um levantamento feito pela Gazeta do Povo e publicado no fim do ano passado revelou que, nos últimos 15 anos, apenas 22 quilômetros de ligações rodoviárias foram duplicados no estado, em média, por ano – uma distância equivalente ao trajeto do Parque Barigui ao Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. No período, ao todo, 327 quilômetros foram duplicados, dos quais 260 em vias pedagiadas. Dos 14 mil quilômetros de rodovias pavimentadas no Paraná, menos de mil são de pista dupla – ou sete quilômetros em cada 100. Contudo, caso todos os projetos de duplicações previstos para a próxima década se concretizem, o ritmo de duplicações deve subir para 75 quilômetros ao ano.

Mais uma

Outro importante trecho rodoviário que está em obras de duplicação nos Campos Gerais é a PR-151, entre Piraí do Sul e Jaguariaíva. Entre as duas cidades há 40 quilômetros em pista simples e o fluxo diário é de 6 mil veículos. A obra havia sido adiada – devia ter começado em 2011, mas o governo estadual preferiu trocar pela construção dos 11 quilômetros do Contorno de Campo Largo, na BR-277. A duplicação começou em março, com obras no trevo de Jaguariaíva, orçadas em R$ 21 milhões. Novas etapas estão previstas até que em 2018 a ligação entre as duas cidades será toda em pista dupla.

Às vésperas de completar 50 anos, uma das mais importantes e históricas rodovias do Paraná está em obras para ser totalmente duplicada. Dos 232 quilômetros da BR-376, entre Ponta Grossa e Apucarana, apenas 12 são em pista dupla. Depois de mais de uma década sem novas duplicações, um trecho de 11 quilômetros, nos Campos Gerais, começou, em janeiro, a ganhar mais uma pista.

Também uma ponte sobre o Rio Tibagi está sendo ampliada. A previsão é de duplicar aproximadamente 30 quilômetros por ano, até que o projeto todo seja concluído em 2021.

O início da obra estava previsto para 2015, mas foi antecipado em um ano, em negociação entre a concessionária e o governo do estado. A administração da BR-376, na ligação do Norte com a capital, conhecida como Rodovia do Café, é de responsabilidade da Rodonorte. É a principal ligação de Londrina e Maringá com a capital paranaense – o desvio pelo Norte Pioneiro é mais longo e também não é em pista dupla. O custo estimado para duplicar todo o trecho é de R$ 1 bilhão.

Trânsito pesado

De cada 100 veículos que passam pelo trecho, 45 são pesados (caminhões e ônibus), deixando o trânsito lento. No trajeto, apenas 54 quilômetros contam com terceira faixa para facilitar ultrapassagens. Por dia, 9,2 mil veículos usam a rodovia.

O contrato original da concessão da rodovia, em 1997, previa que a duplicação de todo o trecho estaria pronta em 2003. Contudo, em 2000 e 2002, duas modificações nas obrigações da concessionária, motivadas por reduções forçadas nas tarifas da época, acabaram protelando as obras para o fim do contrato.

Novas pistas

Mais 25 quilômetros de novas pistas duplas na rodovia podem começar nos próximos meses. Os outros projetos de duplicação – entre Apucarana e Califórnia, no perímetro urbano de Ortigueira e entre o distrito de Caetano e a praça de pedágio mais próxima de Ponta Grossa – estão em análise para autorização, no Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).

O primeiro trecho em duplicação está orçado em R$ 61 milhões e deve ser concluído em abril do ano que vem. De acordo com Fernando Levy, gestor de engenharia da Rodonorte, a obra deve melhorar a fluidez do tráfego e reduzir acidentes. Somente no pedaço que já está em obras, ocorreram no ano passado 22 acidentes, com 27 feridos e 2 mortes.

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