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Em dia de temperatura amena, José Serra e Geraldo Alckmin almoçaram ontem em Boston, onde o segundo passa temporada de estudos. Com eles estava José Henrique Lobo, caso raro de tucano que se dá bem tanto com o governador de São Paulo como com seu antecessor, candidato derrotado por Lula em 2006. O programa, que durou mais de três horas, incluiu ainda visita a uma livraria, pausa para café e até fotos. Enquanto isso, no Brasil, "demos" otimistas diziam que Serra usaria a visita para sinalizar sua opção por Gilberto Kassab em 2008. Para tucanos, porém, os ex-pefelistas estão sonhando, e o encontro marcaria o início de um armistício necessário diante da inevitabilidade da candidatura de Alckmin a prefeito.

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No comando – Em reunião com os peemedebistas da CPI do Apagão Aéreo, o líder do partido na Câmara, Henrique Alves (RN), deixou bastante claro: o grupo foi escolhido para ser leal ao partido e não ao governo Lula durante as investigações. O Planalto, portanto, dependerá um tanto do humor da sigla aliada. Outros carnavais – Alguns aliados torceram o nariz para a inclusão de Eduardo Cunha (PMDB- RJ) na relação de integrantes da CPI. "Isso ainda vai dar problema", comentou Miro Teixeira (PDT) ontem, durante reunião da comissão, ao ser informado de que o colega de estado e ex-aliado de Anthony Garotinho assumiria a vice-presidência. Pêndulo – Na ala governista, deputados do bloquinho da Câmara – união de PDT, PC do B e PSB –, com três vagas na CPI, já se auto-intitulam "fiéis da balança" na composição interna de forças. Isso porque o Planalto conta com 15 aliados na comissão contra nove opositores, incluindo Fernando Gabeira (PV-RJ). Dura realidade – O PSDB tem menos ilusões do que o DEM sobre as chances de a CPI causar algum estrago no governo. Um dos tucanos da comissão diz que, se quiser aprovar requerimentos, a oposição terá de negociar com o presidente e o relator. Caso contrário, o rolo compressor derrubará em bloco todas as iniciativas dos adversários. Vai que é tua – Ao constatar a profusão de novatos e de integrantes do baixo clero na lista de deputados da CPI, uma estrela das concorridas comissões do primeiro mandato de Lula concluiu: ninguém aposta um níquel no sucesso da empreitada. É por isso que figurões preferiram se poupar do fiasco anunciado.

Anatomia – Ciro Gomes (PSB- CE) elogiou o comando do PAC, em seminário na sexta-feira passada, mas criticou a gestão na ponta. "Abaixo do pescoço a tragédia é ampla, geral e irrestrita", afirmou. Puxadinho – Pedro Brito, da Secretaria dos Portos, pretende montar seu gabinete fora da abarrotada Esplanada dos Ministérios, em um edifício próximo à sede da OAB de Brasília. O titular da pasta acha que, dessa maneira, terá mais espaço para trabalhar.

On-line – O Palácio dos Bandeirantes enviou circular determinando que todos os integrantes do primeiro e do segundo escalões do governo paulista tenham – ou adquiram – conhecimentos básicos de informática. A iniciativa se deve ao fato de José Serra usar o e-mail para distribuir tarefas a seus auxiliares. Batendo bumbo – O DEM vai usar seu programa nacional de rádio e TV, no dia 24, para louvar as gestões de Gilberto Kassab (SP), César Maia (RJ) e José Roberto Arruda (DF). A âncora será a musa do partido, Valéria Franco, ex-vice-governadora do Pará. Licença prévia – Orestes Quércia fez aprovar uma resolução no PMDB paulista segundo a qual as alianças do partido nos municípios no ano que vem têm de passar pelo crivo do diretório estadual – ou seja, por ele próprio.

TIROTEIO

* Do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) sobre o adiamento do primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento.

– Se até para fazer balanço o governo atrasa, imagina o tempo que vai levar para que o PAC comece a sair do papel.

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