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O edital de licitação do metrô de Curitiba será lançado oficialmente na próxima semana, afirmou nesta quinta-feira (29) o secretario municipal de Planejamento, Fábio Scatolin - cerca de 10 dias depois da previsão inicial. Depois da publicação, começa a correr o prazo de 45 dias para definir qual empresa tocará as obras. Na prática, é o pontapé inicial para o começo das obras. A expectativa do prefeito Gustavo Fruet (PDT) é de que o contrato seja assinado ainda em 2013 e as obras, orçadas em R$ 4,5 bilhões, comecem no ano que vem. "Estamos na expectativa de assinar o contrato ainda este ano, já prevendo questionamentos, como em quase todo edital", disse.

Além do edital do metrô, outras licitações devem começar a ser lançadas nas próximas semanas, ligadas principalmente a obras de mobilidade. Entre elas está o início das obras de desalinhamento da linha Centenário/Campo Comprido, com previsão até de novos tubos. O processo deve ser feito nos mesmos moldes da reestruturação da linha Santa Cândida/Capão Raso. A conclusão da Linha Verde e remodelação da linha do Inter 2 também serão licitadas. Segundo Scatolin, os editais não serão lançados ao mesmo tempo para evitar "o caos no trânsito". "Imagina se começar todas as obras da Linha Verde ao mesmo tempo, vai parar tudo", disse.

Sobre os atrasos para o começo das obras, o prefeito pediu paciência e reclamou do excesso de burocracia. "Existe uma série de mecanismos que temos que cumprir para evitar a corrupção, o que é sempre importante, mas acaba demorando. Acaba que o tempo de elaboração [de um projeto] acaba sendo igual ao tempo de execução", relatou.

A prefeitura também deve contratar obras para a construção de 42 creches e cinco escolas municipais, além de iniciar um plano de gestão de desastres naturais que deve reformular a ocupação nas bacias dos rios Belém, Barigui, Atuba e do Ribeirão dos Padilhas. A iniciativa, que visa limpar os rios, realocar famílias que estejam em área de risco e investir em saneamento, deve custar R$ 798,7 milhões.

Empresários convocados

Os anúncios foram feitos durante encontro com empresários e associações de comerciantes de Curitiba na noite desta quinta-feira (29). A intenção foi estreitar a conversa com o setor produtivo e incentivar as empresas a entrarem na concorrência para as obras previstas. No total, a prefeitura estima que tem garantidos R$ 9 bilhões de investimentos até 2017.

Um time de secretários participou do evento e iria jantar com os empresários para tirar possíveis dúvidas sobre os projetos. "É como dizer: ‘estamos fazendo essas obras e precisamos de vocês’. A prefeitura não constrói, ela contrata, licita, faz editais" explica Scatolin. "Queremos conclamá-los para aproveitar as oportunidades e nos ajudarem".

Em seu discurso, o secretário de Governo Ricardo Mac Donald Ghisi, pediu desculpas ao empresariado. "Vejo que estamos em dívida com muitos de vocês, que tivemos que parcelar em 36 vezes para poder pagar, e estamos pagando", disse, se referindo à suposta dívida deixada sem empenho pelo ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), que seria de mais de R$ 400 milhões.

Além de reclamar da dívida, Fruet também demonstrou estar chateado com aqueles que "não são otimistas". "Temos essa obsessão por inovação em Curitiba. Mas na época em que as caneletas foram feitas, ou o calçadão da Rua XV foi construído, experimente ler os jornais da época. Era pancadaria pura", comentou. Ele cita que obras de sua gestão, como a inauguração da Via Calma – compartilhada por carros, bicicletas e pedestres – e a faixa exclusiva para ônibus serão lembrados como sinônimo de inovação.

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