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A cidade de Pato Branco passou por uma verdadeira revolução na última década, apresentando melhorias em diversos índices socioeconômicos e firmando-se como pólo tecnológico do Paraná. A virada do município do Sudoeste paranaense começou em 1993, com a implantação de uma unidade do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica), transformada depois em universidade, como atestou a reportagem "Cidade às voltas com o conhecimento", publicada na Gazeta do Povo de ontem.

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) confirma a nova vocação de Pato Branco como centro tecnológico e eletroeletrônico. "O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) identificou 22 arranjos produtivos locais no Paraná, e Pato Branco aparece com grande potencial na área de eletroeletrônica", conta a economista Gina Paladino, assessora do sistema Fiep. "Esse ramo tem um peso muito grande na região, e é resultado direto da presença de uma escola tecnológica, que forma recursos humanos e mantém uma incubadora de empresas."

Paladino defende com unhas e dentes o investimento na educação e na capacitação técnico-científica para pavimentar o desenvolvimento do interior do estado. "A formação e manutenção de talentos é a moeda dos territórios inovadores, a base dos novos pólos de competitividade", define.

Ela reconhece, mas minimiza as carências dos municípios do interior em infra-estrutura e logística. "Eu gostaria que os prefeitos, vereadores e outras pessoas influentes lutassem arduamente para implantar suas escolas técnicas, suas instituições de educação em tempo integral e seus Cefets", ressalta. "Se isso fosse feito no lugar de se construir chafarizes, estaríamos muito melhores, com municípios muito mais evoluídos. Felizes são as regiões que têm lideranças ousadas, que lutam por uma escola", completa. Segundo a assessora, os problemas de logística podem ser compensados de outras formas. "Essa questão do escoamento é uma preocupação no mundo inteiro, e é meio difícil de resolver. As cidades menores e mais distantes têm de encontrar soluções criativas para compensar essa deficiência", avalia.

Para o prefeito de Pato Branco, Roberto Viganó (PDT), uma saída para o gargalo logístico no Sudoeste do Paraná é união dos seus 42 munícipios para a construção de um aeroporto regional. Ele também mencionou ações da prefeitura para tentar fixar os profissionais formados na região. "Queremos ampliar o nosso centro tecnológico e atrair mais indústrias, para que os filhos dos sudoestinos não precisem procurar emprego nos grandes centros", comenta.

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