• Carregando...

Dezesseis internos de uma das alas do Centro de Socioeducação (Educandário) de Londrina fizeram uma rebelião ontem de manhã. Os adolescentes se armaram com pedaços de ferro retirados do sistema de escoamento de água e chegaram a ameaçar de morte alguns agentes do centro.

O tumulto foi controlado por volta do meio-dia e meia, com a intervenção de negociadores da Polícia Militar (PM) e da promotora da Vara da Infância e Juventude, Édina Maria Silva de Paula. A PM cercou o prédio com pelo menos 10 viaturas, mas não houve confronto.

Os internos rebelados simularam que mantinham um dos adolescentes como refém durante cerca de uma hora. "Eles fingiram ameaçar esse adolescente com estoques e barras de ferro. Mas tudo não passou de uma estratégia de pressão", contou o diretor do Educandá-rio, Cássio Silveira Franco, que está no cargo há seis meses.

De acordo com o diretor, os adolescentes alojados na ala A do prédio iniciaram o tumulto para protestar contra as atividades pedagógicas e de profissionalização realizadas na instituição: "Nossa equipe passou de quatro para 20 professores, e a carga horária dos cursos aumentou. Foi contra isso que eles estavam protestando".

Boa parte da ala foi danificada pela ação dos internos. Eles quebraram a fechadura de portas e parte das grades do alojamento. O diretor garantiu que os reparos serão feitos ainda hoje.

Inaugurado em 2004, o Edu-candário de Londrina tem um histórico de rebeliões e crises. Em dezembro do ano passado, houve feridos durante confronto entre internos e educadores. A unidade tem capacidade para 51 adolescentes e abrigava 55.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]