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Zilda Arns criou e administra, há 23 anos, a Pastoral da Criança, uma organização não-governamental que reúne mais de 260 mil voluntários em todo o Brasil e atende 1,8 milhão de crianças e gestantes. Ela tem feito do seu trabalho uma arma eficiente contra a mortalidade e a desnutrição de crianças. Todos os anos, cerca de 5 mil pequenos brasileiros são salvos da morte pela Pastoral da Criança.

Zilda Arns conseguiu melhorar a vida dos brasileirinhos com medidas simples. Para dar um basta na desnutrição, soro fisiológico e a famosa multimistura. Além disso, todos os meses os voluntários visitam as crianças e fazem o acompanhamento da evolução do seu peso. Por tudo isso, o índice de mortalidade infantil entre os que participam da Pastoral é de 15 a cada mil nascidos vivos. A média nacional é de 26,6 por mil.

Contar os prêmios nacionais e internacionais dados ao trabalho desenvolvido por Zilda Arns não é tarefa fácil. São inúmeros. Ela já foi até indicada ao Nobel da Paz. O prêmio mais recente é o Opus Prize, oferecido por uma entidade norte-americana. A Pastoral da Criança recebeu US$ 1 milhão que será investido na melhoria do trabalho da instituição nos outros 16 países em que ela atua. É isso mesmo. Os ideais de Zilda Arns já avançaram para fora de nossas fronteiras. E logo a Pastoral vai chegar a mais um país, o Haiti, considerado o mais pobre da América Latina.

Médica pediatra e sanitarista, co-fundadora da Pastoral da Criança, coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa e membro do Conselho Nacional de Saúde. É assim que Zilda Arns se apresenta no seu currículo. Aos 72 anos de idade, ela decidiu desacelerar um pouco. Vai ficar à frente da Pastoral da Criança somente até o fim de 2007. A partir daí, vai atuar como embaixadora do projeto, buscando apoios e mobilizando comunidades. Também continuará comandando a Pastoral da Pessoa Idosa.

Zilda Arns concluiu o curso de Medicina na Universidade Federal do Paraná em 1959. Fez cursos de especialização e de aperfeiçoamento no Brasil e no exterior. Títulos de cidadã honorária ela recebeu em 10 estados e em 34 municípios. Viúva desde 1978, a catarinense de Forquilhinha é mãe de 5 filhos e avó de 9 netos.

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