Editor do Jornal Nacional, o apresentador William Bonner definiu o amigo Armando Nogueira, que morreu nesta segunda-feira (29) no Rio, como "um gigante do telejornalismo".
"Foi sob a gestão dele, no comando do jornalismo da TV Globo, que se criou o Jornal Nacional, ao lado da Alice Maria e do Boni", lembrou o jornalista que também falou sobre a importância de Armando em sua vida pessoal. "Pessoalmente, foi sob sua gestão que eu surgi na Globo, em 1986, e foi pelas mãos dele que eu vim pro Rio, em 1989, onde vivo até hoje e construí minha família", disse.
"Ele me abriu as portas da TV Globo e me ensinou a fazer telejornalismo. Se tenho algum nome hoje nesse mercado foi porque ele me ajudou a construir", sintetizou Bonner, que citou ainda, a importância de Armando no jornalismo esportivo brasileiro: "Ele foi um artista da crônica esportista, com um texto que era, sem exageros, um diamante".
'Ele admirava a palavra', diz Sílio Boccanera
"Ele admirava a palavra." Foi assim que o jornalista Sílio Boccanera, da TV Globo, definiu o amigo Armando Nogueira, que morreu na manhã desta segunda-feira (29). No Twitter, também já há homenagens ao comentarista esportivo.
Sílio Boccanera falou por telefone com a Globonews sobre Armando. "Fui contratado pelo Armando pra trabalhar na TV Globo, vivíamos um período de censura no Brasil e ele agüentou isso com habilidade diplomática e paciência. Ele cultuava o bom texto, adorava dar um palpite pra melhorar uma frase. Era uma pessoa que admirava a maneira boa de escrever e incentivava isso nos jornalistas", disse Sílio.
"Deixo meu beijo para o jornalista, amigo, aviador, poeta e criador do JN, Armando Nogueira. Nosso Manduca acaba de falecer no Rio de Janeiro!", escreveu o diretor do Big Brother Brasil, Boninho, em seu Twitter.
"Mestre Armando Nogueira morreu", escreveu a jornalista da TV Globo, Renata Capucci, em seu microblog.
Como foi
O ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, morreu por volta das 7h desta segunda-feira (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio.
Ele sofria de câncer e estava muito doente desde 2007, quando descobriu a doença.
Ele será enterrado nesta terça-feira (30) no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, às 12h.
Biografia
Torcedor apaixonado pelo Botafogo, e em especial, pelo futebol, acompanhou diversas Copas do Mundo a partir de 1954 e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980.
Armando nasceu no Acre e veio para o Rio de Janeiro com 17 anos, onde se formou em direito. A carreira de jornalista começou em 1950, no jornal Diário Carioca, onde foi repórter, redator e colunista. Ao longo dos 60 anos de carreira, passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil.
O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes e SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.
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