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Curitiba – O que mudaria na história do Brasil sem a gestão do ex-presidente Fernando Collor de Mello? Ou na ausência das interferências do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ)? Ou de outros nanicos como o deputado federal mais votado na história do país (1,74 milhão de votos em 2002), Enéas Carneiro, do Prona? Difícil saber. Nenhum deles teria sido eleito ou reeleito se houvesse a regra da cláusula de barreira.

Collor, o presidente mais jovem da história do Brasil, venceu Lula nas eleições de 1989 no segundo turno pelo minúsculo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), hoje Partido Trabalhista Cristão (PTC). O PRN só chegou a ocupar cadeiras na Câmara dos Deputados em 1991, quando, insuflado pela vitória do seu candidato a Presidência, elegeu 40 deputados federais. Com o impeachment de Collor, porém, o partido perde credibilidade e decide trocar de nome para PTC em 2000. Nas últimas eleições, a legenda conseguiu eleger 3 deputados – também não ultrapassaria a cláusula de barreira.

Gabeira se elegeu deputado em 2002 pelo PT, mas conquistou a sua maior votação nas últimas eleições, pelo PV, quando garantiu a sua reeleição com mais de 293 mil votos. O deputado deixou o PT no início do governo Lula. Caso a representação dos partidos pequenos estivesse comprometida, Gabeira talvez não tivesse saído do PT ou poderia perder seu poder de influência registrado nas crises de corrupção do governo, especialmente na CPI dos Sanguesugas

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