Elevador precisa de cuidados

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O elevador é considerado o meio de transporte mais seguro do mundo. Por esse motivo, a queda da cabine em um edifício no Centro de Curitiba, na última quinta-feira, chamou a atenção da população e levantou dúvidas sobre os cuidados de manutenção necessários para evitar acidentes e riscos à integridade de condôminos e funcionários.

Para manter o elevador em dia, o síndico deve contratar uma empresa especializada para realizar o trabalho. A primeira recomendação é verificar se a companhia está habilitada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR).

O órgão é responsável por fazer inspeções nesse tipo de equipamento e tem uma lista das empresas em situação regular que executam o serviço com profissionais qualificados (engenheiros).

A cada visita de manutenção, é necessária a emissão de uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), prevista por lei. "É esse documento que exime o síndico de responsabilidade", afirma Vanessa Moura, gerente de fiscalização do Crea-PR. Geralmente a companhia contratada para a manutenção e conservação dos elevadores é a responsável por eventuais problemas. Porém, caso se comprove negligência, o responsável pela administração do condomínio pode ter de arcar com indenizações.

Vanessa recomenda que a manutenção do elevador seja feita pelo menos uma vez por ano. "Depende das condições, se for um equipamento mais antigo, o prazo fica menor. A empresa deve avisar o proprietário sobre isso", finaliza.

Avaliação

Crea vistoria cabine que despencou em Curitiba

O Crea-PR vistoriou na manhã de ontem o elevador que caiu do segundo andar do Edifício Jayme Canet, no Centro de Curitiba, na quinta-feira. O engenheiro mecânico enviado pelo órgão constatou que o contrato do condomínio com a empresa responsável (Otis) e a manutenção periódica do equipamento estavam de acordo com as normas.

Feito o trabalho de campo, com registro fotográfico, o Crea-PR vai realizar uma conferência interna, com o histórico de fiscalização do elevador, para concluir o relatório.

Ontem a Otis, empresa responsável pelo elevador, trabalhou no conserto e realizou testes no equipamento. Até o fechamento desta edição, a empresa não havia confirmado a liberação do elevador. Os cinco feridos no acidente foram liberados pelo Hospital Evangélico no mesmo dia.