Brasília (AE) – A ministra Ellen Gracie Northfleet foi eleita ontem presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Primeira e única mulher a integrar o STF na história do órgão, Gracie sucederá o ministro Nelson Jobim, que deixa a presidência da Corte no dia 30 e é tido como provável candidato a algum cargo eletivo em outubro.

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Como presidente do Supremo Tribunal, ela será uma das substitutas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atrás de Alencar, do presidente da Câmara, Aldo Rebello (PC do B- SP), e do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mas quem assumir o cargo em período eleitoral não poderá se candidatar na eleição deste ano.

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O vice-presidente e ministro da Defesa só não ficará nessa situação de inelegibilidade se disputar de novo a Vice-Presidência.

Apesar de ter sido escolhida numa eleição meramente protocolar e com resultado previsível – uma vez que o escolhido é sempre o ministro mais antigo do Supremo que ainda não exerceu a presidência do órgão –, Gracie demonstrou emoção. O mandato de presidente do STF é de dois anos.

No dia em que foi eleita presidente do STF, Gracie, determinou o arquivamento da ação movida pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) contra a emenda constitucional que acabou com a verticalização.

A ministra concluiu que a entidade não tinha legitimidade para questionar um assunto que é de interesse de partidos políticos.

Além dessa ação, tramitam outras duas no STF que devem ser julgadas na próxima semana pelo plenário do tribunal e que são movidas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ).

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A expectativa é de que o Supremo concluirá que a emenda somente pode valer para a eleição de 2010. Ou seja, a verticalização deve ser obedecida na eleição deste ano. Os presidentes do Senado e da Câmara defendem o fim da verticalização.