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Segundo a nota, ofensa ocorreu em um "momento impensado" | Reprodução
Segundo a nota, ofensa ocorreu em um "momento impensado"| Foto: Reprodução

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O pai de um aluno de uma escola de Londrina, no Norte do Paraná, publicou um anúncio de jornal com um pedido de desculpas do filho para uma professora. O jovem, que tem 16 anos e está no 3.º ano do ensino médio de um colégio estadual, havia ofendido sua professora de artes e dito que pretendia "atear fogo" nela em um texto publicado no Facebook, em meio a reclamações sobre um pedido de lição de casa.

A mensagem foi publicada na semana passada e lida por vários alunos e pela professora. O pai e o aluno foram chamados pela direção da escola para comentar o conteúdo. "Os dois pediram desculpas e nós aceitamos, mas o pai, achando que isso não era suficiente, resolveu publicar o anúncio", disse a diretora da escola, Jéssica Pieri, 42 anos. A mensagem no Facebook foi excluída logo depois da reunião.

O anúncio foi publicado por três dias consecutivos, en­­­­­­tre domingo e terça-feira, no caderno de classificados do Jornal de Londrina.

Nele, o aluno diz que quer se retratar com a professora de artes Rosana Marques Franco, do Colégio Estadual Barão do Rio Branco. "Foi um momento impensado. Gostaria que a professora me perdoasse e que meu ato não seja repetido por outros alunos", diz um trecho do anúncio.

Segundo a diretora, o aluno não foi suspenso e não foram tomadas outras medidas disciplinares contra ele. "Não achamos que ele fosse cometer alguma violência. É um aluno dedicado e tem um perfil calmo. Ele entendeu que a palavra dita é uma coisa, e a escrita, para quem não o conhece, pode parecer mais grave. E nós reconhecemos que ele usou uma expressão infeliz", disse Jéssica.

A diretora afirma que o a­lu­­no ainda não compareceu às aulas nesta semana. Segundo ela, os pais querem esperar "a poeira baixar" e foram com o filho para um sítio próximo a Londrina.

Em entrevista à RPC TV, o pai, que pediu para não ser identificado, disse que queria que todos na escola e na comunidade soubessem que seu filho estava arrependido. "A gente fica surpreso, né? É lógico que uma frase dessas na internet pode vir a intimidar. Uma palavra escrita ou dita é lançada e aí não tem retorno. Pode machucar às vezes mais que do que alguma agressão física", disse o pai do aluno, que afirmou ainda que obrigou o filho a excluir a conta na rede social.

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