Paranaguá - Cerca de 3 mil trabalhadoras paranaenses da área de limpeza aproveitaram o dia de ontem para sair da rotina. Em um encontro realizado em Pontal do Paraná, no litoral do estado, trocaram uniformes, vassouras e produtos de higiene por roupas leves, conversas e o lazer na praia. "O encontro é muito feliz. Ter o nome lembrado só quando algo está sujo é deprimente", brinca a auxiliar de serviços gerais Vilma de Fátima Cruz, 43 anos.
No Paraná, 70% dos 50 mil trabalhadores do setor são 70% mulheres. "A maioria tem filhos, marido e uma jornada de trabalho que se estende ao lar, o que impossibilita o direito de descansar", diz Izabel Aparecida de Souza. Presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Londrina (Siemaco), Izabel conta que a confraternização serve para aliviar a rotina de assédio moral e abusos dentro das empresas.
"Não existem dados sobre a discriminação. Porém todos os dias escutamos sobre casos que geralmente são omitidos por vergonha e medo de perder o emprego", diz. A curitibana Judite Souza, 50 anos, é servente de limpeza. No evento, aproveitou para debater sobre um impasse no trabalho. "Mudaram minha escala sem mesmo questionar se haveria problemas para mim. Vou pedir os meus direitos. Só quero respeito".
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