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Leandro Hyeda e seu ônibus espacial feito com bloquinhos de madeira: brinquedo certo na idade certa estimula a criança | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Leandro Hyeda e seu ônibus espacial feito com bloquinhos de madeira: brinquedo certo na idade certa estimula a criança| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

Na mosca

Algumas dicas para dar o presente certo na idade certa

Dos 6 aos 9 meses: Quase todos os neurônios estão presentes no nascimento, mas a maioria não está conectada em redes. Assim, devem ser escolhidos brinquedos que despertem a visão, a audição, o toque, o gosto e o cheiro.

Até os 3 anos: A criança está mais sensível ao desenvolvimento socioemocional e as capacidades motoras a levam a aventurar-se em brincadeiras mais complexas. Tintas e colagens, blocos de montagem e formas geométricas de encaixe são bem-vindos.

Dos 3 aos 6 anos: É o período mais rápido para o desenvolvimento da rede de sinapses. A criança torna-se mais sociável e gosta de brincadeiras coletivas. Brincar de casinha, de teatrinho, andar de bicicleta, fazer trabalhos manuais, modelagem em massinhas e jogos com regras e objetivos bem elaborados são boas dicas.

Dos 6 aos 9 anos: Inicia-se um controle cerebral mais sofisticado e a criança já é capaz de realizar diversas tarefas sozinha. Surge um interesse maior por jogos eletrônicos. Nesta fase, são interessantes os jogos de formar palavras e do manejo de dinheiro.

Dos 9 aos 12 anos: Nesta idade, as crianças começam a entender o pensamento científico. Encenar peças de teatro, pintar, tocar instrumentos são interessantes. Batalha naval, jogos de tabuleiros que forcem cálculos, custos e lucros, jogos de conhecimentos gerais e os videogames também são indicados.

Fonte: Lidia Weber, professora da UFPR e autora de 12 livros, entre eles Eduque com Carinho, da editora Juruá.

Se você ainda não comprou o brinquedo de Natal de seu filho ou sobrinho, ainda dá tempo de escolher o mais adequado. Além dos educativos e pedagógicos, qualquer brinquedo pode despertar a inteligência dos pequenos se os momentos de diversão forem acompanhados por um adulto mais atento.

Quem explica é o psicólogo e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) Aderson Costa. "O grande objetivo do brinquedo é provocar entretenimento e, na medida em que ele é prazeroso, facilita o processo de aprendizagem. Na prática, todo brinquedo tem esse facilitador, mas depende do modo como ele é usado", comenta. Costa explica que uma simples boneca de plástico pode ser usada para mostrar partes do corpo e ensinar noções de higiene. Uma bola, conforme o psicólogo, pode ser aproveitada para explicar à criança as formas geométricas.

Os brinquedos educativos e pedagógicos são mais facilitadores ainda: os pedagógicos estão ligados a conteúdos escolares, como os jogos de letras e números, enquanto os educativos despertam o desenvolvimento da criança, como os blocos de montar. O Lego é um exemplo.

"Mesmo alguns jogos eletrônicos têm uma função importante. Os melhores brinquedos são os que estimulam a criatividade e a solução de pro­­blemas", completa a professora do departamento de Psicologia da Universidade Fe­de­­ral do Paraná (UFPR) Lidia We­­ber. Ela lembra que é mais interessante para a criança ganhar um kit com peças para montar um carro do que simplesmente um carrinho barulhento.

Mercado

A indústria está de olho nessas preferências. A Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), que espera um faturamento de R$ 3,9 bilhões em 2012, informou que 600 novos brinquedos foram lançados no mercado brasileiro neste ano. Boa parte está ligada a heróis e personagens de filmes. Apesar disso, há uma demanda crescente para brinquedos educativos e pedagógicos. O proprietário de uma fábrica de brinquedos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Ivo Bremm, comenta que tem crescido a conscientização dos pais em busca dos educativos. Dos 300 itens produzidos na fábrica, cerca de 90% são desse tipo.

Débora Hyeda comenta que prefere selecionar os brinquedos dos seus garotos para proporcionar a eles maior chance de apren­dizado. Lean­­dro, de 7 anos, adora os brinquedos de montar. Já Téo, de 3, é fã dos quebra-cabeças. Os jogos também são a preferência de muitas crianças. Gabriela, de 9 anos, foi à loja escolher o presente com a mãe Lidiane Garbuio e logo tratou de separar um jogo. "Eu gosto de jogos e de bonecas", disse.

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