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Queima de fogos ilumina o céu da Avenida Paulista e encanta o público presente para a virada de ano | Reprodução/G1 Daigo Oliva
Queima de fogos ilumina o céu da Avenida Paulista e encanta o público presente para a virada de ano| Foto: Reprodução/G1 Daigo Oliva

Com um público estimado em 2,5 milhões de pessoas, segundo os organizadores e a Polícia Militar, o réveillon na Avenida Paulista transcorreu no mais absoluto clima de paz e tranquilidade – como já era previsto, aliás. A festa da virada teve início às 20h31 da quinta-feira (31), com a roqueira Pitty subindo ao palco, e terminou às 3h05 da sexta-feira (1), ao ritmo de samba, com a bateria da escola Mocidade Alegre, campeã do Carnaval de 2009. Pouco antes do início dos shows, caiu uma chuva fina, que, no entanto, não desanimou as famílias que se dirigiam às áreas delimitadas para o público. A solução foi acrescentar a capa de chuva ao tradicional vestuário branco utilizado para saudar a chegada do Ano Novo. E muitas famílias já festejavam, inclusive com direito à fantasia de palhaço, e se confraternizavam na avenida, em um clima de congraçamento.saiba mais

Depois da queima de fogos, que teve início à 0h em ponto, o coronel da PM Marcos Roberto Chaves, anunciou o total de presentes na avenida durante o transcorrer da festa: 2,5 milhões. "O público chegou até a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, como estávamos prevendo", afirmou o coronel da PM. O palco foi montado a alguns metros antes da esquina da Alameda Ministro Rocha Azevedo com a Avenida Paulista.

Segundo o coronel, tudo transcorreu em um clima tranquilo, sem incidentes mais graves. "Houve dezenas de documentos perdidos e casos de pessoas embriagadas que precisaram de atendimento médico. Mas, até o momento, não chegou até nós o registro de qualquer ocorrência nas delegacias próximas", disse.

Os documentos perdidos deverão ser enviados aos seus respectivos donos pela organização do evento. Ou então, o proprietário pode entrar em contato para os organizadores para recuperar o documento. Segundo a organização, ao menos 300 foram atendidas nos 11 postos médicos montados ao longo da avenida, a maioria por embriaguez, cansaço ou mal-estar.

Durante o evento, o G1 presenciou um único incidente. Durante o show da cantora Maria Rita, uma mulher embriagada foi retirada à força por policiais do primeiro cercado em frente ao palco onde o público estava confinado. "Ela estava embriagada e incomodando o pessoal", afirmou um soldado da PM, que ajudou na retirada da mulher.

Ápice

De acordo com Marcelo Flores, da Playcorp, empresa responsável pela organização da festa, nem a chuva foi suficiente para afugentar quem se dispôs a vir para a avenida comemorar o réveillon. "Todo mundo compareceu com chuva mesmo. A gente esperava por isso. Foi tudo preparado para isso. Os números são aqueles que a gente esperava", declarou.

O ápice da festa ocorreu com uma queima de fogos de 15 minutos, que saudou a chegada do Ano Novo. O espetáculo de luzes e cores encantou o público. Ao todo seis mil bombas multicoloridas e 100 mil morteiros foram utilizados na queima. Minutos depois do início do show pirotécnico, a chuva, que já havia dado o ar da graça no início da noite, voltou, para lavar a alma de quem estava na avenida. A festa prosseguiu na mesma animação.

"A intenção era a de formar um tapete no céu com os fogos, cobrindo a Paulista", informou Marcelo Flores, da Playcorp, empresa contratada pela Prefeitura de São Paulo para organizar o grandioso evento, que teve como tema "São Paulo, a torcida do Brasil se encontra aqui", em referência à participação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

Nos telões, conquistas brasileiras no esporte em 2009, tudo embalado ao ritmo de músicas clássicas. De fecho de ouro, soaram os acordes de Brasileirinho. Quem viu, elogiou. "É sempre 10. Essa é a segunda vez que venho passar o reveillon. É a explosão de um ótimo ano", festejou o funcionário público Ricardo Samogi. "É bom demais, é incrível. Sou do Rio, mas o réveillon de São Paulo é melhor", completou o também funcionário público Dja Vieira.

Shows

"Me sinto honrada de ter sido convidada para participar do réveillon", afirmou. Vestida de branco, ela afirmou que, além da paz, deseja para 2010 "muito rock e aventura".

Em seguida, foi a vez do pagodeiro Dudu Nobre esquentar a multidão, a partir das 21h20, com a promessa – cumprida com louvor, ressalte-se - de fazer "um barulhinho bom". A cada show, o público só crescia.

Às 22h15, a cantora Maria Rita encantou o público com sua beleza e suas canções. A menos de uma hora para a chegada do Ano Novo, foi a vez da dupla sertaneja Edson & Hudson botar todo mundo para dançar. A emoção deu o tom do show, já que marcou o fim da parceria. "Fecharemos a parceria com chave de ouro", afirmou Hudson. "Decidimos encerrar no auge." Sobre a possibilidade de voltar atrás na decisão, Edson foi enfático: "Já temos projetos solos e ficaríamos taxados de golpistas se voltássemos", comentou.

Depois da empolgante queima de fogos, coube ao veterano sambista Martinho da Vila manter, sob chuva, a empolgação do público, já às 0h25 do primeiro dia de 2010. O KLB entrou em cena por volta das 1h25 e prestou homenagem a várias bandas, como Mamonas Assassinas, Engenheiros do Havaí, RPM e os Beatles, que completariam 50 anos em 2010.

Às 2h25, foi a vez da bateria da Mocidade Alegre botar para sambar quem ainda tinha pique de sobra depois de mais de seis horas de shows. Durante a festa, o prefeito Gilberto Kassab desejou um bom Ano Novo a todos os paulistanos e elogiou o evento. "É uma noite de festa. Para entrar bem em 2010", comentou.

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