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Brasília (Folhapress) – A ex-assessora financeira da campanha do PT à prefeitura de Londrina Soraya Garcia levou à CPI dos Bingos as denúncias já feitas à Polícia Federal de que houve caixa 2 na cidade nas eleições de 2004. Ela afirmou que a campanha custou R$ 6,5 milhões, sendo apenas R$ 1,3 milhão declarado. O restante seria caixa 2.

Participariam da arrecadação de recursos irregulares o atual ministro Paulo Bernardo (Planejamento), o ex-deputado José Dirceu e o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, conforme relato da ex-assessora.

Cabos

O ex-deputado e atual ministro do Planejamento, que já processa Soraya, teria sido responsável, por exemplo, por arrecadar recursos para pagar 2 mil cabos eleitorais.

De acordo com ela, pessoas ligadas à campanha iam ao gabinete de Bernardo e de seus assessores e buscavam sacos ou envelopes recheados de dinheiro.

Gilberto Carvalho seria o principal atuante na busca de recursos oficiais junto a grandes empresas para a campanha.

Quantias vultosas

De acordo com ela, sempre que o assessor do presidente Lula era acionado, a campanha recebia doações vultosas. O mesmo valia para Dirceu. Quando ele aparecia na cidade, a organização petista recebia recursos oficiais e extra-oficiais.

Apesar das denúncias, Garcia disse nunca ter flagrado algum dos citados interferindo ou levando dinheiro para o comitê de campanha. Mas afirmou que, como assessora financeira da campanha, "sabia muito" do que acontecia. "Eu trabalhei na assessoria financeira de campanha. Eu sabia quem trazia ou não o dinheiro", afirmou. "Eu acredito que não era para eu saber de tudo que eu sabia", acrescentou.

Soraya Garcia declarou à CPI que a Itaipu Nacional teria doado R$ 400 mil para a campanha do candidato à prefeitura da cidade Nedson Luiz Micheletti. Gleisi Hoffmann, mulher do ministro do Planejamento, é diretora financeira da Itaipu.

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