Curitiba O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, defendeu mais uma vez as realizações de seu governo para as camadas pobres da população ontem, em comício no centro de Curitiba. Segundo ele, pela primeira vez na história um governo "tratou a mulher e o homem pobre como cidadão".
Lula dividiu o palanque com vários ministros, deputados, correlegionários e integrantes do PMDB local, entre eles o candidato a vice-governador Orlando Pessuti (PMDB). Para o presidente, a população precisa escolher entre dois projetos que estão em jogo nessas eleições. "É preciso saber qual o projeto que essas pessoas representam. O projeto dos nossos adversários é voltado ao governo de apenas uma minoria que mamaram nesse país por 500 anos", declarou Lula. Ele reclamou das acusações e críticas que vem sofrendo da oposição. "Eu não preciso ofender nenhum adversário para ganhar eleição. O ódio deles é porque pela primeira vez o pobre brasileiro levantou a cabeça", acrescentou.
A organização do evento estimou o público em algumas dezenas de milhares. Os participantes ocuparam pelo menos três quadras do calçadão da Rua XV até a Boca Maldita, onde foi montado o palanque.
Promessas
No discurso de cerca de meia hora, Lula fez uma promessa para o Paraná. "Não haverá uma cidade-pólo do Paraná que a gente não vá fazer uma extensão universitária e uma escola técnica", afirmou. Antes de Lula, discursaram também a candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, que perdeu a disputa para Alvaro Dias (PSDB) e Orlando Pessuti. Ele recordou um comício feito com Lula há 22 anos, também na Boca Maldita. "Era o início da caminhada das eleições diretas para a presidência da República. Naquele dia iniciamos a caminhada e hoje a concluímos", declarou Pessuti.
Lula mencionou as críticas que Requião fez à política econômica do governo federal nos últimos anos. "Mas a uma semana das eleições, eu não posso deixar de dizer. Quem vota em mim precisa votar em Requião para o governo do estado. Porque Requião gosta dos pobres também", disse. O governador licenciado ainda não declarou seu voto à presidência. Seu grupo de apoio está dividido entre a candidatura petista e a de Geraldo Alckmin (PSDB). (R.F.)
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