São Paulo Escutas telefônicas feitas durante a Operação Furacão, que investiga denúncias de venda de sentenças judiciais, mostram que a juíza Sônia Maria Garcia, da 4.ª Vara da Família de São Gonçalo (RJ), conversou em setembro de 2006 com o policial civil Marco Antônio Bretas, um dos presos pela Polícia Federal, sobre a obtenção de quantia em dinheiro.
A Polícia Federal investiga se ela tem ligação com o esquema. Em nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ela negou envolvimento com irregularidades.
Sônia está de licença médica desde o dia 3. Em diálogo no início de setembro, ela pergunta a Bretas sobre uma pessoa chamada Francisco, que seria advogado. E fala sobre uma pendência financeira. "Então depois você me diz. Porque eu quero ver se pinta alguma coisica aí para chegar nos meus dez mil faltantes... Qualquer coisa que venha me ajuda, né?"
No dia seguinte, Bretas conversa com Francisco e explica a situação: "Ela está indócil. Ela está indócil. Indócil. Indócil." Depois, Sônia volta a falar com o policial. "Existe alguma possibilidade de conseguir esse empréstimo?" Bretas pergunta se é do "tio Chico".
A juíza confirma e diz: "Empréstimo sem devolução". E ele diz que Chico autorizou a operação. Já em outubro, quando Bretas sinalizou que já tinha o dinheiro, ela o orientou a fazer depósito na conta de seu pai.
Sônia admitiu ser amiga de Bretas, mas alegou desconhecer o envolvimento dele com o suposto esquema de venda de sentenças.
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