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Londrina – O candidato do PDT à presidência da República, senador Cristovam Buarque (DF), defendeu ontem, em Londrina, a articulação de uma "consertação" entre os partidos e lideranças políticas brasileiros em torno da educação. Segundo o pedetista, o acordo seria necessário para fazer uma "revolução", estabelecendo metas de médio e longo prazo para o setor.

Buarque também defendeu a federalização da educação, 100% de escolas em tempo integral e a aprovação de uma Lei de Responsabilidade da Educação (nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal), que obrigaria os futuros governantes a cumprir metas estabelecidas, sob pena de ficarem inelegíveis.

Segundo o pedetista, os partidos e lideranças brasileiros já têm maturidade para estabelecer uma "consertação" em torno de uma agenda mínima. Até por uma questão de sobrevivência. "Se não fizermos isso a tragédia vai ser muito grande", alertou o senador. "Acho que vai ser possível uma união até pelo medo. Não é nem pela boa vontade, pela generosidade, é até pelo egoísmo. Mas um egoísmo inteligente", prosseguiu Buarque, lembrando que essa necessidade – de construção de um acordo nacional – vale para qualquer que seja o presidente eleito em outubro.

"Se não fizermos uma consertação para garantir escola para todos com qualidade, um programa sério de emprego neste país, a tragédia vai ser muito grande", insistiu.

O pedetista afirmou que se ganhar a eleição, vai convocar todos os partidos e as principais lideranças nacionais para discutir a "consertação". "Vamos dizer que o nosso projeto (para a educação) vai levar 20 anos para ser completado, o que não vai dar num único mandato", declarou.

Buarque disse ainda que acredita haver clima para uma grande renovação no Congresso, com mensaleiros e sanguessugas barrados pelas urnas, o que facilitaria o acordo nacional.

Metas

Sobre o seu projeto para a educação, Buarque apontou metas como a implantação de educação em tempo integral em todas as escolas do país num prazo de 10 a 15 anos, dobrar os salários dos professores em quatro anos e o estabelecimento de parâmetros nacionais para o setor. O pedetista apontou três parâmetros básicos: padrão de salário e padrão da educação; características mínimas de edificações e equipamentos (para as escolas) e padrões curriculares nacionais.

Buarque acredita que com uma agenda como essa, os futuros governos dificilmente recuariam no sentido de abandonar o cumprimento das metas. "Nós fazemos isso ou o país se desfaz. O Brasil é um país que está se desfazendo. Só tem uma maneira de aglutinar esse país de volta: uma revolução na educação", concluiu.

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