Em Maringá, no Noroeste do Paraná, 29.400 pessoas aguardam na fila de alguma especialidade médica. As mais procuradas são oftalmologia, neurologia, ortopedia, dermatologia e angiologia. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a demora se deve principalmente à quantidade reduzida de profissionais em algumas áreas, muitas vezes causada pela dificuldade na contratação, devido aos baixos valores empregados na tabela do SUS.
A secretaria não informa o tempo de espera para cada uma das especialidades e justifica que não trabalha com essas estatísticas "já que as alterações são feitas de acordo com inúmeros fatores, como a indicação de urgência, número de profissionais atendendo, quantidade de consultas disponibilizadas e número de novos encaminhamentos médicos".
A secretaria também não cita as especialidades com mais tempo de espera. Diz apenas que houve aumento na oferta de consultas em oftalmologia e que a realização de mutirão de ortopedia dobrou o número de consultas de setembro de 2013 a setembro deste ano. Segundo dos dados oficiais, houve 10 mil consultas mensais nos últimos 12 meses.
A secretaria diz não haver fila de espera, mas ela existe. Diagnosticada aos 12 anos com doença de Chron, enfermidade inflamatória crônica que pode afetar o sistema digestivo, a auxiliar contábil Ana Luiza Fernandes, 22 anos, precisa se medicar e ir ao médico com regularidade. Mas a demora tem comprometido a saúde. "Fiz uma colonoscopia em maio e ainda estou esperando para passar pelo médico. Até ele colocar as mãos no exame, já vai estar tudo desatualizado e terei de refazê-lo. Enquanto isso, eu sigo com dores e sem medicação."
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