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Em Paranaguá, no Litoral do estado, a maior demanda de consultas com especialistas é para as áreas de oftalmologia, pequenas cirurgias e cancerologia, de acordo com a Secretaria de Saude. Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que o tempo de espera para os pacientes que necessitam de TFD (tratamento fora de domicílio) está ligado à oferta do sistema de marcação de consulta alocadas no município de Curitiba e que a oferta é sazonal.

Os pacientes que necessitam de consultas em especialidades que não são ofertadas pelo município têm de aguardar em uma fila e não há um tempo definido para o atendimento. Mas, a média do tempo de espera das especialidades mais atendidas varia de uma semana a um mês. A espera para uma consulta diminuiu nos últimos 12 meses. Em setembro do ano passado a espera para as mulheres serem atendidas na área de ginecologia era de até 4 meses. Hoje, é de um mês. O tempo de agendamento de cirurgia geral é de uma semana, mas depois do encaminhamento para Curitiba, a Secretaria de Saúde de Paranaguá perde o controle do prazo para o atendimento. Um exemplo é o morador da Vila São Miguel, Aelson Araújo. Ele já fez a consulta para a cirurgia de hérnia, mas há quase um ano sofre com a dor. Ele ainda não foi chamado para a marcação da cirurgia.

O número de consultas nas especialidades mais agendadas não representa necessariamente as mais procuradas, isso porque há especialidades em que a procura é grande, mas não há demanda para o atendimento. Neurologia, por exemplo, há quase 500 pessoas que procuraram um agendamento sem sucesso e aguardam em uma fila para a consulta. A primeira pessoa da fila, de acordo com a Secretaria de Saúde de Paranaguá, deu entrada no pedido de consulta no dia 20 de fevereiro de 2012, ou seja, há mais de 2 anos.

Em 2013, saíram somente 39 consultas para Neurologia. Em 2014, apenas 29. Os dados são do sistema E-Saúde. A comerciante Angela Regina da Silva Mendes, de 49 anos, não aguentou esperar pelo atendimento da saúde pública. Ela disse à reportagem que chegou ao posto de saúde do bairro Divineia com a pressão 20 por 16. Como ela tem familiares que sofreram aneurisma cerebral, pediu uma consulta com o neurologista, mas ao descobrir o tempo para atendimento na especialidade era grande, decidiu pagar por uma consulta particular.

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