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Desde a ocupação da Polícia Militar, no domingo (19), a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) já recolheu 250 toneladas de lixo no Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo balanço parcial, somente nesta quarta-feira (22) os garis retiraram 40 toneladas de detritos na comunidade.

Cerca de 100 garis trabalharam na coleta de lixo. A operação contou com o apoio de oito caminhões e duas pás mecânicas.

A coleta domiciliar poderá ser feita com caminhões e um microtrator. Atualmente, essa atividade acontece às segundas, quartas e sextas-feiras, mas a companhia ainda estuda a ampliação do serviço. "A Mangueira passará a contar com todos os serviços realizados nos bairros, incluindo varrição das ruas e poda de árvores", disse Angela Fonti, presidente da Comlurb.

Ação contra a dengue

Também nesta quarta-feira (22), agentes da prefeitura inspecionaram 3.678 imóveis na Mangueira. Cerca de 500 funcionários percorreram 24 quarteirões, eliminando 932 possíveis criadouros do mosquito da dengue. Os técnicos colocaram 490 tampas em caixas d'água que estavam descobertas.

No total, foram encontrados 13 focos do mosquito da dengue, em dez imóveis. Os agentes de saúde utilizaram equipamentos de fumacê portáteis para aspersão de inseticida e distribuíram material educativo para a população. A Secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil dividiu a região em 12 áreas, para, a partir da ação, realizar um novo mapeamento de saúde da área.

O último levantamento de índice de infestação feito na região, em maio, apontou a presença de focos do mosquito da dengue em 1,5% dos imóveis visitados. Desde terça-feira, tendas montadas pela Secretaria oferecem diversos serviços e atividades de saúde, como aferição de pressão, vacinação, massagem e avaliação de massa corpórea, além de atividades educativas.

Bope se reúne com moradores

Durante o dia, os moradores da Mangueira estiveram com representantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para discutir e tirar dúvidas sobre a ocupação para a implantação da próxima Unidade de Polícia Pacificadora. O subcomandante do batalhão, coronel Fábio Souza, explicou pontos como revistas em moradores e residências, legalização de comércios e serviço de mototaxistas.

"Com essa reunião você esclarece as pessoas. A polícia entra, mas a população fica apreensiva. Uma pesquisa mostrou que a maior demanda na comunidade é segurança, essa é a primeira necessidade deles. Você coloca segurança, você tem tudo depois. O morador vai ser abordado, mas vai ser abordado com respeito", afirmou ele.

Representantes da subprefeitura da Zona Norte também estiveram na reunião e afirmaram que as residências ganharão endereço oficial a partir de um levantamento que será feito. Além de orientações para novas construções.

Mototaxistas que estavam presentes na reunião perguntaram como ficaria a questão da taxa que era paga a traficantes semanalmente. O coronel Souza explicou que ela não será mais paga, e que caso haja algum tipo de cobrança, que seja feita a denúncia para qualquer policial do Bope.

A operação

A operação começou às 6h de domingo (19) e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão). As equipes tiveram também o apoio de quatro helicópteros, sendo dois blindados - um deles equipado com câmera com sensor térmico e infravermelho, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de caminhões, motos, ônibus, ambulâncias, reboques e outros veículos.

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