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A Prefeitura de São Paulo estuda colocar bombas para sugar a água que há mais de uma semana inunda o Jardim Romano, na zona leste da capital. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) informou ontem que será feita uma drenagem na área alagada, "muito possivelmente" por meio de bombas. "É uma hipótese que será definida nas próximas horas", disse Kassab.

Técnicos da Prefeitura e da Subprefeitura de São Miguel Paulista se reuniram ontem para discutir o assunto. Um novo encontro está programado para a manhã desta quarta-feira (16) e uma solução já deve ser anunciada. Seguindo esse método, uma bomba sugará toda a água e a levará diretamente para um caminhão-pipa. Não foi informado qual será o destino desse material.

O subprefeito de São Miguel Paulista, Milton Roberto Persoli, já havia informado durante a manhã que o destino da água é um dos "limitadores" para o uso das bombas. "É uma solução complexa e que por isso precisa ser bem elaborada. Hoje, grande parte dessa água é esgoto, então não podemos simplesmente retirar daqui e poluir um outro lugar", disse.

Especialistas ouvidos pela reportagem informam que o destino não é necessariamente um problema, uma vez que muitas estações de tratamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estão ociosas. "O grande custo é o transporte, mas é preciso dar uma solução urgente. É preocupante a água estar parada todos esses dias, principalmente por causa das doenças que pode provocar", diz o ambientalista e membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) Carlos Bocuhy.

Moradias

Fazer 5 mil moradias para 25 mil pessoas em um prazo de pelo menos dois anos. Essa é a promessa da Secretaria Municipal de Habitação (SMH) para lidar com o problema dos moradores do Jardim Romano que há uma semana sofrem com a inundação. A expectativa da SMH é conseguir preparar a licitação das casas antes do segundo semestre de 2010. Com a concorrência concluída, estimam-se mais 18 meses até que as moradias fiquem prontas. O custo total esperado é de R$ 300 milhões.

Na segunda-feira, o secretário municipal de Habitação, Elton Santa Fé Zacarias, reuniu-se com diretores da Caixa Econômica Federal para tentar viabilizar uma linha de financiamento pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. As novas casas serão construídas em terrenos da Companhia Metropolitana de Habitação que ficam nas margens secas do Jardim Pantanal. Para cada uma das 330 famílias diretamente atingidas pelas cheias e que foram retiradas de suas casas pela Defesa Civil, a SMH vai bancar três meses antecipados de aluguel - no valor de R$ 900 - e depois pagar R$ 300 mensais até que novas moradias fiquem prontas.

A Secretaria de Estado da Habitação, a pedido da Prefeitura e da Secretaria de Estado de Saneamento e Energia, está estudando locais disponíveis para receber parte das famílias que tiveram as casas alagadas. Mas, segundo o secretário estadual da Habitação, Lair Krähenbühl, não há nenhum lugar pronto para mudança imediata.

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