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JK, Tiradentes e Higienópolis lideram sempre

Nas ruas de Londrina a situação do trânsito não é nada diferente das rodovias. Desde o começo do ano, 28 pessoas morreram na hora e outras 35 após o resgate, em acidentes. São 63 óbitos de janeiro a setembro.

Na Avenida J.K. ocorreram 7,18% dos acidentes, seguida pela Av. Tiradentes (5,63%) e Av. Higienópolis (4,85%). No total, os 515 acidentes – média de 17,17 por dia em setembro – mataram quatro pessoas e deixaram 251 feridos. Novamente, as motos são o veículo que causam mais mortes: três eram motociclistas e um era condutor de carro.

Na cidade, o ranking dos delitos de trânsito tem na dianteira o avanço de preferencial (28,93% dos casos), seguidos da falta de distanciamento entre veículos no tráfego (23,5%) e de falta de atenção dos condutores (17,67%).

O mês de agosto com 14 mortes foi considerado como atípico pelas autoridades de trânsito, que também registraram leve diminuição do numero de acidentes em relação a setembro (537 ante 515) e também de feridos (269 ante 251). Em setembro de 2006, quatro pessoas também morreram nas ruas de Londrina, mas o numero de acidentes também aumentou sensivelmente (de 472 para 515) assim como a quantidade de feridos (241 para 251).

Desde que ingressou na Polícia Rodoviária Estadual, há 28 anos, o sargento Luís Veríssimo não mudou o discurso. Fechados os dados sobre o trânsito nos 3.100 quilômetros da 2a Companhia Estadual de Polícia Rodoviária, o sargento diz que gostaria de ter notícias diferentes – mas não as tem: o número de acidentes em setembro aumentou e o de mortes permaneceu quase o mesmo em relação a agosto, quando 31 pessoas morreram ante 30 no fechamento do mês anterior. Os acidentes somaram 316 no mês passado diante dos 283 de agosto.

Entre as 5987 multas aplicadas, 1002 foram por ultrapassagem em faixas contínuas, 775 por falta de cintos de segurança, 666 por excesso de velocidade. "O excesso de velocidade está presente em quase todos os acidentes, o que é observado pela gravidade dos ferimentos das vítimas. Se não estiver o carro sozinho, ao menos um veículo da colisão estava em alta velocidade", afirma o sargento.

Do dia 1o de janeiro a 20 de setembro, 44,9% dos 3244 acidentes aconteceram por imprudência: na média, os veículos estavam sozinhos, com tempo bom e pista reta sem obstáculos. Do total de acidentes, em 1476 casos os veículos estavam em retas – 113 deles acabaram em morte.

Em 2007, 185 pessoas morreram desde setembro nas estradas do Norte. "É quase um avião da TAM, mas sem a mesma repercussão e comoção da sociedade", lamenta Veríssimo, comparando a morte nas estradas do Norte ao acidente aéreo que marcou a história da aviação brasileira. "O acidente grave se banalizou de tal forma que não causa mais tanta comoção. Motoristas acham que acidentes só acontecem com o outro".

Até o momento, a diferença entre o número de mortos no ano passado (232) e este ano (185) é de 47 vítimas. "E ainda temos três meses pela frente", observa o responsável da Companhia.

No caos do trânsito, o troféu da imprudência vai para os motociclistas que "participaram" de 525 acidentes (21,3% do total do ano). Entre as 185 mortes em 2007, 50 são motociclistas (27% dos mortos) e seus garupas, que somam 650 feridos. Até o fim do ano, motociclistas e passageiros mortos ultrapassarão a estatística de 2006, quando 51 faleceram.

Nas planilhas da 2a Companhia da Polícia Rodoviária Estadual, não estão os dados que são muito mais chocantes que os números: "Entre os 294 feridos de setembro ou entre os mais de 2 mil no ano passado, quantos não estão em cadeiras de roda, com movimentos limitados, ou totalmente inválidos?", lamenta o sargento.

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