Brasília (AE) O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que a votação da proposta de emenda constitucional (Pec) acabando com a reeleição será uma das prioridades do Congresso neste ano, mas acabou sendo desmentido pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), menos de dez minutos depois.
Renan deixou o gabinete de Aldo onde foi acertada uma reunião para o dia 7 de março, para discutir a pauta de votação neste ano, levando em conta as eleições em outubro. Renan antecipou que uma das prioridades seria a votação do fim da reeleição junto com o projeto que muda a edição e a tramitação das medidas provisórias.
"Parece consensual", disse Renan, referindo-se ao fim da reeleição. "Se não temos regras claras, se não houve avanço na reforma partidária, se não tem instrumentos para fiscalização pela Justiça Eleitoral, como conviver nesse quadro com reeleição e o exercício do mandato?", questionou o presidente do Senado, defendendo o fim da possibilidade de reeleição.
Logo depois, Aldo contestou Renan e defendeu cautela nas alterações à Constituição. "Levamos 100 anos com a experiência de vedação da reeleição. Adotamos a reeleição em torno de uma década e concluir que fracassou é precipitação", disse Aldo.
"É uma demonstração de imaturidade das forças políticas do país", completou. O presidente da Câmara confirmou que haverá uma reunião no dia 7 de março para tratar da agenda do Legislativo para este ano.
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