• Carregando...

Abordagem teria ocorrido após o fim da operação Força-Tarefa

O delegado da Polícia Civil, Haroldo Luiz Vergueiro Davison, um dos comandantes da operação Força-Tarefa desencadeada na noite de sábado em Campo Mourão, disse que a abordagem dos policiais florestais não fez parte da operação. A blitz contou com a participação das polícias Civil e Militar e da Força Verde de Maringá e terminou por volta das 3h30 da madrugada. "Essa ocorrência aconteceu após o fim da operação". Na delegacia da Polícia Civil nenhuma ocorrência foi registrada pelos policiais ambientais.

Segundo Davison, a operação, que tinha como objetivo promover a segurança na cidade, foi frustrada por causa da falta dos órgãos fiscalizadores do município. "Conselho Tutelar e Conselho de Segurança sequer apareceram para dar apoio durante a operação". (DP)

Campo Mourão – Quatro policiais militares da Força Verde estão sendo acusados de agressão por um empresário de Curitiba que visitava um irmão em Campo Mourão (centro-Oeste do estado). O caso teria ocorrido na madrugada de domingo. Oriundos de Maringá, os PMs reforçavam o contingente da operação Força Tarefa, deflagrada em Campo Mourão.

O empresário, que por medo não quis se identificar, contou que tinha saído de uma lanchonete no bairro Copacabana junto com o seu irmão quando foi fechado, em uma rua central da cidade, por uma viatura da Polícia Florestal. "Eles surgiram do nada, estavam com as luzes da viatura apagadas", conta.

Depois de colidir com a viatura, os policiais teriam disparado vários tiros que acertaram os pneus e a lataria do veículo. Assustado, o empresário deu um cavalo de pau com o carro e fugiu. "Como a polícia tem uma má fama não parei para saber o que estava acontecendo", relatou o empresário.

Segundo ele, com a fuga, os policiais continuaram a disparar. Os tiros acertaram o vidro traseiro do veículo e atingiram o irmão dele, que estava no banco do passageiro. Ele recebeu um tiro no dedo indicador direito e outro de raspão na nuca. "Só escapamos da morte porque ficamos abaixados no carro até conseguir pegar distância da viatura. Foram cerca de 20 tiros", diz o empresário.

Em casa, ele ligou para o Siate. "Não fomos com o carro para o hospital de medo de encontrar os policiais na rua". Mas ao chegar na Central Hospitalar, ele encontrou os mesmos policiais e diz ter sido agredido e coagido a contar uma outra versão do fato. "Por duas vezes fui derrubado no corredor do hospital com tapas, socos e pontapés dos policiais que ameaçaram. Fui obrigado a dizer para as enfermeiras que os tiros foram dados por um desconhecido".

De acordo com um enfermeiro, que atendeu o irmão do empresário, eles contaram que os tiros foram dados por policiais, mas depois mudaram a versão. Segundo ele, se houve algum tipo de agressão contra o empresário, aconteceu no período em que o enfermeiro estava na sala de raio-X. O empresário registrou ocorrência na delegacia da Polícia Civil e diz que deve entrar com uma ação contra o estado.

Na opinião do comandante da Polícia Militar na cidade, Ataíde Antônio Casarolli, a ação dos policiais florestais foi estranha. "Como a ocorrência aconteceu na cidade, eles deveriam ter acionado os policiais militares e feito um boletim de ocorrência, mas nada disso foi feito". Casarolli disse que ficou sabendo do envolvimento dos policiais de Maringá em um acidente automobilístico. "É uma história estranha que precisa ser esclarecida".

Casarolli informou que fez um relato da ocorrência e encaminhou ao Comando de Policiamento do Interior que deverá instaurar um inquérito. O subcomandante do Pelotão da Polícia Ambiental, em Curitiba, major Rosa Neto, informou que um inquérito policial foi aberto para apurar os fatos. "Será dada a máxima transparência no caso". Rosa Neto informou que quatro policiais estão envolvidos, mas não revelou os nomes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]