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Um empresário foi morto a tiros ao tentar reaver R$ 7 mil levados por dois assaltantes, por volta das 11h30 de ontem, em Curitiba. José Sérgio Leveke, 56 anos, foi abordado por dois homens quando chegava na empresa de telecomunicações da qual ele era proprietário, na Rua Princesa Isabel, no Centro. Após o assalto, o empresário perseguiu os bandidos em seu carro. Na esquina da Rua Saldanha Marinho com a Alameda Cabral, ele jogou o veículo contra a motocicleta dos criminosos. Na confusão, um dos assaltantes atirou duas vezes e acertou o peito de Leveke, que morreu na hora.

O empresário havia sacado os R$ 7 mil em uma agência bancária da Rua Doutor Muricy para o pagamento dos funcinários da empresa. Ele estava na companhia de Silvana Rosa Ganho, que trabalha na firma. Após o saque, eles se dirigiram até a empresa. No estacionamento, os dois assaltantes renderam Leveke e Silvana e pediram a bolsa com o dinheiro. Segundo a funcionária, o empresário desceu do carro com as mãos na cabeça e os assaltantes levaram a bolsa.

Na seqüência, Leveke entrou novamente no carro e foi atrás dos assaltantes. Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos, após o empresário ser baleado, um dos assaltantes fugiu na motocicleta e o outro a pé. "O que fugiu correndo abandonou um capacete preto na rua que foi entregue a polícia por testemunhas. Vamos analisar umas imagens registradas por câmeras de uma loja para tentar identificar os bandidos", disse o delegado.

Choque

José Sérgio Leveke era casado e tinha três filhos. Parentes e amigos ficaram chocados com o crime. "Meu primo era uma pessoa muito boa. Ele tinha uma personalidade forte, talvez por isso reagiu ao assalto. É complicado aceitar uma situação dessas", disse Antônio Carlos Machado. "Isso desestrutura qualquer família. A violência está demais. Só para pouquíssimos casos a polícia cria a chamada força-tarefa, como foi no caso da universitária (referindo-se à operação criada para achar os assassinos da estudante Ana Cláudia Caron, encontrada morta no último dia 23). Força-tarefa deveria ser feita todos os dias para coibir o crime e não para tentar desvendá-los depois", disse Isac, amigo do empresário há 30 anos, que preferiu não ter o sobrenome divulgado.

O corpo do empresário foi velado ontem na capela do Cemitério Água Verde, mesmo local onde será sepultado hoje, por volta das 10 horas.

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