Entenda o caso
Há pouco mais de um ano, uma inesperada batida policial em uma mansão-cassino no bairro Parolin, em Curitiba, iniciava uma guerra interna na Polícia Civil. Até agora nenhum envolvido com a casa de jogos ilegais foi denunciado à Justiça. Além disso, há um desencontro de informações sobre o estágio da investigação. Enquanto a polícia diz que enviou os nomes de dois responsáveis pelo cassino ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público (MP), o órgão afirma que não está com o caso.
O empresário André Luiz Czaban, homem apontado pela Polícia Civil como o responsável pelo imóvel em que funcionava a mansão-cassino, no bairro Parolin, afirmou, nesta sexta-feira (8), que jamais explorou jogos ilegais. Ele entrou em contato com a reportagem hoje para esclarecer as informações colocadas pela polícia.
Segundo ele, a casa estourada pelos policiais em janeiro do ano passado estava sublocada para um grupo de três pessoas. "Não há nada que me ligue à prática de jogos de azar", ressalta. Ele lembra ainda que não responde a qualquer inquérito. Czaban informou que uma empresa dele funcionava no local até sete de setembro de 2011. "Depois desta data não havia mais qualquer serviço sendo prestado por ela neste ou em qualquer outro endereço", conta.
O empresário diz que todos os aparelhos de cartões de crédito apreendidos durante o fechamento da mansão-cassino não são dele. "Apenas um funcionário meu do restaurante ainda permanecia no local todos os dias", relata. Ele explica que o empregado ficava na casa para zelar pelo mobiliário, de sua propriedade.
Gaeco
O empresário ressaltou que já prestou todas as informações no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). "Informei que as pessoas apresentadas como gerentes e outros (cargos) eram apenas laranjas da quadrilha e relatei os nomes e endereços dos verdadeiros responsáveis pela jogatina, assim como também a forma como lavam o dinheiro e sobre outros pontos que possuem na cidade", afirma.Acusação
Czaban ainda relata que foram roubados da casa equipamentos de vigilância com 25 câmeras. Segundo ele, os policiais que estouraram a casa teriam sido os responsáveis pelo sumiço dos aparelhos. Além disso, o funcionário do empresário, que permanecia na casa teria sido torturado pelos policiais.
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